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Pela disposição estratégica do time no primeiro tempo e pelo grande volume de jogo que teve, o Atlético fez 2 a 0 e poderia ter aplicado uma goleada não tivesse caído tanto de produção na etapa complementar. O Paraná apenas lutou, com bravura e aplicação, mas sem qualquer organização tática ou força coletiva. No plano individual, destacaram-se o lateral-direito Murilo – jogador que não teve oportunidades no Atlético e tem jogado muito bem pelo Paraná – e o volante Agenor, um leão em campo, foi o autor do gol em nova falha do goleiro Galatto.

O zagueiro Rafael Santos voltou a mostrar maiores credenciais técnicas que os titulares do setor e rendeu muito mais que o irregular Chico. Mas o ala Zé Antonio foi o principal elemento da equipe, pois, além do golaço que marcou, foi o jogador que impulsionou o ataque pelo setor direito. Geninho foi infeliz na sua substituição, já que o veterano Alberto esteve mais uma vez abaixo da critica. Aliás, seria recomendável que se poupasse Alberto em homenagem ao seu passado no clube.

A maior dificuldade do Furacão para impor-se sobre um adversário visivelmente carente e tecnicamente debilitado foi o acerto do passe. Preocupante o volume de passes errados, sobretudo no meio-de-campo, que, teoricamente, deveria ser a zona de inteligência e criatividade.

Jairo foi eficiente na ajuda ao incansável Valencia e Ferreira até que jogou melhor, mas continua distante daquele jogador lépido e versátil na fase pré-ida para o exterior. Marcinho ainda não mostrou a que veio.

A entrada de Lima sempre anima a torcida e oferece um pouco mais de movimentação ao ataque. E não foi diferente na partida de ontem quando ele aproximou-se de Rafael Moura e chegou a acertar uma bola na trave.

Sem melhores alternativas para brindar a fiel torcida atleticana com uma atuação de gala, o Atlético encerrou o clássico controlando as ações de olho no cronômetro. Muito pouco para quem está devendo títulos e exibições de maior envergadura.

Coxa capotou

Se a meia-cancha não vinha criando grande coisa e o ataque não funcionava, pelo menos a defesa conseguia apresentar estrutura, garantindo a jornada do Coritiba no campeonato. Mas a defesa entrou em colapso e o Coxa capotou em Engenheiro Beltão, onde foi goleado pelo time local.

Ivo Wortmann resolveu mexer na zaga para encontrar um lugar para Pereira e acabou desestruturando o setor. O Engenheiro Beltrão, penhorado, agradeceu: três gols, sendo dois em falhas da defesa.

Para tentar reverter o resultado diante do baixo rendimento, agravada pela indolência dos jogadores, o técnico tentou de tudo no meio-de-campo e no ataque, mas nada aconteceu.

Por favor, não procurem responsabilizar o calor ou a viagem pela péssima atuação da equipe. Foi-se a invencibilidade e a aproximação com o líder.

carneiro@gazetadopovo.com.br

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