• Carregando...

Quando o jogo está ruim, o que tem acontecido com frequência, divido a audiência na tevê com um filme ou algum documentário interessante, mas é muito complicado assistir dois filmes ao mesmo tempo por causa da trama de cada um. Ontem tive a experiência de acompanhar duas partidas no mesmo horário por absoluto dever profissional.

Não foi difícil. Bem mais intricado foi o milagre operado por Santo Antônio que, ao mesmo tempo em que ministrava uma missa em Pádua, salvou o pai da forca em Lisboa, daí a origem do termo "vai tirar o pai da forca" quando alguém está com muita pressa. No transe, ao praticar o poder da ubiquidade – estar em toda parte ao mesmo tempo –, o santo teria feito a homilia em ritmo de narração radiofônica de futebol.

As vaias da torcida atleticana no encerramento da partida significaram o descontentamento com a produção da equipe que, mesmo com um jogador a mais em grande parte do segundo tempo, não conseguiu superar o Palmeiras. Como empatar em casa e perder fora – rotina do Furacão sem força nas últimas rodadas – não leva a lugar nenhum, alguma coisa precisa ser feita para mudar o panorama na Arena da Baixada.

O time é jovem demais, a defesa continua insegura, falta qualidade técnica e personalidade para os homens do meio de campo, que simplesmente não conseguem imprimir o ritmo necessário.

Nathan não rendeu o esperado e Marcos Guilherme esteve longe de ser aquele meia organizador, obrigando o time a dar chutões longos ou insistir nas bolas levantadas sobre a área adversária. Em uma das poucas vezes que trabalhou a bola, saiu o golaço de calcanhar do avante Dellatorre. Mas Marcelo cometeu uma penalidade desnecessária e a equipe paulista igualou o escore.

Apitador trapalhão

O Bahia recebeu o Coritiba sem público na Fonte Nova, cumprindo pena do STJD, e encontrou dificuldades para segurar o empate sem gols. O Coxa começou melhor, pressionou e Zé Love quase abriu o placar de cabeça, mas o lance mais importante foi quando o árbitro Francisco Carlos Nascimento marcou pênalti sobre Zé Love em falta cometida fora da área.

Como os jogadores baianos protestaram, o apitador trapalhão consultou o auxiliar de linha e o quarto árbitro – enquanto o atacante coxa-branca estava posicionado aguardando para a cobrança da penalidade –, voltou atrás e colocou a bola no local da infração. Aí foram os atletas do Coritiba que reclamaram.

O estreante Joel mostrou que pode ajudar a condição ofensiva do time de Marquinhos Santos, entretanto raras foram as oportunidades criadas na etapa complementar. E nos quinze minutos finais, o Bahia conseguiu reagir, partiu em busca do gol, obrigando o goleiro Vanderlei a praticar defesa difícil antes de terminar a partida.

Dê sua opiniãoO que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]