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Claro que a torcida brasileira está satisfeita com a campanha da seleção.

O que a maioria reclama é do sofrimento em cada partida, quando se sabe que Parreira tem à sua disposição o melhor elenco do planeta.

Nenhum outro país possui a quantidade e a diversidade de talentos proporcionada pelo futebol brasileiro.

Basta observar os raros craques em equipes bem montadas no plano tático que já voltaram para casa.

Ninguém está exigindo futebol-show, mas, pelo menos, que as vitórias aconteçam de maneira natural, com menos angustia para o torcedor diante da enorme superioridade técnica individual da equipe nacional.

Os estatísticos e os torcedores menos exigentes estão maravilhados com os números – 4 jogos, 4 vitórias, 10 gols marcados e apenas 1 sofrido –, mas somente uma apresentação – contra o Japão – à altura das tradições e dos craques que a seleção brasileira possui. Tudo porque naquela partida o técnico ousou, escalando jogadores mais jovens e com maior mobilidade em campo. Foi o que bastou para resgatar o brilho natural do futebol pentacampeão.

Agora, Parreira reluta em mudar o formato tático que idealizou e nem mesmo cogita nesta hipótese para tentar salvar a Copa de Ronaldinho Gaúcho.

Com os gols marcados e os recordes superados, Ronaldo saiu do sufoco, mas Ronaldinho Gaúcho, a outra grande estrela da companhia, continua opaco. Aliás, com Roberto Carlos jogando como figura decorativa e Ronaldinho Gaúcho apenas como meia marcador feneceu o lado esquerdo do time.

A única medida sensata para salvar o atual melhor jogador do mundo seria escalá-lo para compor o ataque com Ronaldo, como fez Felipão na vitoriosa campanha de 2002. Exatamente como ele joga no Barcelona e consegue mostrar o seu versátil repertório em praticamente todas as partidas.

Portanto, não se pede show de bola ou espetáculo, mas um futebol que dignifique a seleção que continua sendo a maior favorita à conquista do título.

Primeiro Jogão

Teremos, hoje, a oportunidade de assistir ao primeiro verdadeiro jogão desta Copa do Mundo: Alemanha e Argentina.

Escolas diferentes, estilos de jogo diferenciados, mas os dois times com o mesmo objetivo: ganhar a taça.

Os obedientes e obstinados alemães têm a vantagem de jogar em casa, sob o calor da torcida, mas os talentosos e aguerridos argentinos possuem a vantagem de jogar com técnica mais refinada e de contar com jogadores mais hábeis. Não precisa mais nada para que se faça um grande jogo.

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