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Poucos pentacampeões po­­dem sonhar com o hexa nos campos da África do Sul. A chance de muitos deles foi perdida na Copa da Alemanha e personagens destacados não terão nova oportunidade.

Talvez, hoje em dia, jogadores como Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno estejam arrependidos do mau desempenho na última Copa. Foi um time de estrelas que acabou em poeira na história.

Se Kaká pode tentar o segundo título mundial em grande forma, o mesmo não se aplica a Ronaldinho Gaúcho, que luta para recuperar o condicionamento físico perdido nos excessos da vida, ou Ronaldo Fenômeno, que dificilmente reunirá condições para disputar a posição com Luís Fabiano, Nilmar, Robinho e Adriano.

Mas não há motivos para preocupação, no entanto. A lista de Dun­­ga é boa. E é boa mais pelo equilíbrio do que pelo virtuosismo. Mesmo porque o futebol brasileiro não conta com uma safra de jogadores tecnicamente excepcionais, mas possui base sólida e aí reside o mérito do treinador nacional.

Em outros tempos havia fartura de grandes craques, chegando até mesmo a atrapalhar os selecionadores do time brasileiro como aconteceu, por exemplo, na preparação para a Copa da Inglaterra em 1966: foram convocados 44 jogadores que treinaram durante dois meses para o corte de 22 antes do embarque. Sabem qual foi a reação? Formaram a seleção dos injustiçados para alguns amistosos, inclusive aqui, frente ao Coritiba, no Alto da Glória.

Sem esquecer que, na convocação para a Copa da Suécia em 1958, jogadores com o talento de Julinho e Evaristo sequer foram chamados, pelo simples fato de estarem jogando em clubes do exterior. Dentro deste princípio não haveria seleção brasileira forte nos últimos anos.

Mas, voltemos à vaca fria: a seleção de Dunga é mais forte do que talentosa e reflete perfeitamente a nova realidade do futebol mundial.

Se em outros tempos havia excesso de valores que dificultava o trabalho do treinador na escolha das opções para a formação da seleção ideal, agora o time esta, mais ou menos, definido. E, mais do que isso: com padrão de jogo.

Tecnicamente, o Brasil tem condições de ir à África do Sul com uma seleção menos brilhante do que aquela que decepcionou na Copa passada, mas muito mais forte na marcação e na ocupação dos espaços em campo.

Isso não significa que o hexacampeonato seja fácil. Muito pelo contrário. Além das costumeiras dificuldades que o futebol brasileiro costuma arranjar por conta própria, algum país africano pode surpreender, os europeus se empenharão em tentar ganhar a taça pela primeira vez fora do seu continente e os argentinos prometem apresentar um futebol de primeira.

Seja como for, o futuro do futebol brasileiro esta garantido com o surgimento de bons jogadores que poderão explodir no próximo mun­­dial. Acredito muito nos jo­­vens, como Nilmar, por exemplo.

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