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No início da partida na Arena da Baixada tive a nítida impressão de que o time do Atlético estava curtindo a ressaca da boa apresentação frente ao Palmeiras. Lentidão, passes errados, poucas finalizações, enfim tudo aquilo que compõe o portfólio de quem estava se achando dentro de casa.

Ao contrário do time aguerrido e obstinado das rodadas anteriores, viu-se a tentativa de cadenciar o ritmo, mas sem padrão de qualidade para impor-se ao adversário taticamente bem postado.

Mérito do técnico Eduardo Baptista, que é filho de Nelsinho, campeão paranaense em 1988 nos tempos em que o Atlético levava o título estadual a sério.

O Sport, ao contrário, marcou com eficiência, movimentou-se bem pelo meio e foi à luta chegando ao gol em bela iniciativa de Diego Sousa, que levou a defesa atleticana no peito, permitindo que Marlone completasse com sucesso.

Na etapa complementar o Furacão reagiu com as substituições processadas por Milton Mendes, se bem que Hernani fez por merecer sair antes de Bruno Motta, Nikão e, sobretudo, Otávio. Mas valeu o empenho de todos que, mesmo sem o mesmo padrão técnico esperado, conseguiu dominar amplamente as ações, criar inúmeras oportunidades para marcar até que, finalmente, e ponha finalmente nisso, Vilches acertou uma cabeçada e empatou o jogo.

Foi um prêmio ao esforço de todos, pois a derrota teria sido injusta pelo que as equipes realizaram em campo.

APOSTA ERRADA

Com diversos jogadores lesionados e outros afastados por deficiência técnica, Ney Franco teve de exercitar os neurônios para escalar o time do Coritiba na Vila Belmiro.

Com dois estreantes – Rafael Marques e Henrique Almeida – e a improvisação de Ivan na lateral direita, o treinador foi ousado demais ao escalar três atacantes, tornando inevitável a goleada aplicada pelo Santos.

Aposta errada de Ney Franco que, em vez de reconhecer as inúmeras limitações do atual grupo reunido para representar o Coritiba na série A, fortalecendo a defesa e o setor de contenção no meio de campo, partiu com três atacantes e, obviamente, facilitou a vida do rápido time santista.

Com péssimo desempenho coletivo e sem destaques individuais o Coxa em nenhum momento aproximou-se do compasso de jogo que o Santos imprimiu, abrindo dois gols de vantagem ainda no primeiro tempo.

A torcida esta atônita diante da soma de equívocos cometidos pela diretoria na formação do elenco desde o início do ano e, agora, também com a pouca inspiração do técnico, que se identificou com o clube na passagem anterior, mas que tem deixado a desejar neste cenário sombrio que emoldura o Alto da Glória.

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