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Antes de escrever esta coluna registrei a data e recordei da maior nevasca de Curitiba. Carregado de nostalgia pelo tema escolhido – os grandes goleiros – mergulhei na memória e repassei pela retina as maravilhosas cenas daquele dia inesquecível.

Acordei cedo e sai de casa dirigindo meu impaciente Sp-2 para contemplar a neve. Passei a manhã produzindo o material publicitário das Lojas Unidas, dos saudosos Berek e Davi Kriger, e participando da euforia que tomou conta das pessoas. Em frente ao escritório contemplava a Praça Tiradentes, embranquecida e majestosa.

Por volta das onze horas fui caminhando para os estúdios da Rádio Universo, passando pela rua XV e confraternizando com os amigos na Boca Maldita. A neve não parava e o espetáculo da natureza fazia esquecer a baixa temperatura. O agente de turismo Décio Macedo tirou uma fotografia. Há 40 anos tudo era muito diferente. A tecnologia, as relações humanas, o cotidiano e as expectativas da vida. Que saudade daquele tempo.

Bem, vamos ao tema, completando as considerações sobre as últimas atuações do goleiro Weverton, ídolo da torcida atleticana. Sempre o apontei como um dos melhores do país, certamente entre os três mais completos nas últimas temporadas. Mas a observação deveu-se ao lance infeliz no jogo com o São Paulo, nas falhas na vitória do Corinthians e no gol de Fred para o Fluminense.

Tudo natural, ainda mais para um profissional com o crédito de Weverton. Foi apenas um registro para que ele volte a apresentar boas atuações.

Historicamente as nossas equipes conseguiram destaque nacional quando contaram com arqueiros diferenciados – como no caso do Atlético, Roberto Costa e Rafael na campanha do Brasileiro de 1983, Roberto Pinto na conquista da série B em 1995, Flávio Pantera no título nacional de 2001 e Weverton no vice da Copa do Brasil em 2013.

O Paraná contou com Celso Cajuru e Luiz Henrique nos primeiros títulos, mas foi Régis que marcou como o grande goleiro tricolor no auge do time. A capacidade de organizar a defesa e a liderança que exercia tornaram-se fundamentais para o sucesso de Régis e do próprio Paraná em seu momento mais glorioso.

Lutando com Roberto Costa pela posição no Atlético, Rafael tornou-se titular e sagrou-se campeão estadual em 1983. O primeiro tinha admirável colocação ao ponto de o grande Caju nomeá-lo como seu legítimo sucessor; o segundo caracterizava-se pelas saídas da meta arrojadas e precisas.

Rafael foi para o Coritiba onde escreveu as páginas mais vibrantes da sua carreira. Campeão brasileiro pelo Coxa, entrou para o hall da fama ao lado de lendas como Rey, Hamilton, Célio, Joel Mendes, Jairo, Sergio, Manga e Fernando Prass.

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