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A presença do técnico é importante, mas não tanto como faz crer a sagração da mídia em torno desse discutido personagem do futebol.

A meu ver, a influência do técnico não passa de 30% em uma equipe. E isso cabe tanto para a vitória quanto para a derrota. Ou seja, como não louvo a genialidade absoluta do treinador quando um time vence ou conquista algum título, também não o massacro na derrota.

Os jogadores são os verdadeiros responsáveis pelos triunfos e pelos fracassos. Porém, a figura do técnico é imprescindível, talvez nem tanto durante a partida, mas na organização do elenco, no planejamento da pré-temporada, no trabalho semanal e na convivência com os jogadores, quando deve exercer natural liderança para manter a disciplina e, sobretudo, criar o caráter de competição para a mentalização coletiva na busca dos objetivos traçados pelo clube.

Um elenco sem comando e sem projeto definido não chega a lugar nenhum. Por isso a necessidade de um técnico carismático, experiente, inteligente e que saiba motivar o grupo.

Claro que existe muito professor Pardal por aí, da mesma forma que diversos técnicos se aproximam da mídia para criar uma imagem de sabedoria que, em diversos casos, não possuem.

Sendo assim, Barbieri, tem os seus 30% de responsabilidade pelo sucesso do Paraná, tanto quanto Felipão os teve na conquista do pentacampeonato mundial ou qualquer outro exemplo que se possa apresentar.

Barbieri foi forte, pois recebeu pressão de todos os lados e mostrou competência profissional ao manter a unidade do elenco, definindo o time titular, oferecendo-lhe um sistema de jogo compatível com as características dos jogadores. Estes, por sua vez, entenderam os propósitos do treinador, encarnaram o desejo de conquistar o título e jogaram com muita determinação.

Com o passar dos jogos, com a equipe cada vez mais entrosada, o Paraná encorpou-se e deslanchou.

Com a primeira partida decisiva marcada para um campo neutro, aumentou o grau de favoritismo do Paraná que, entretanto, terá trabalho contra a Adap.

Pelo fato de jogar em Maringá, no Estádio Willie Davids, o pessoal de Campo Mourão mostra-se confiante, mas consciente das dificuldades. Eles sabem que o primeiro jogo será decisivo para as suas pretensões, fazendo de tudo para alcançar a vitória e quebrar o serviço do Tricolor.

E a Adap adquiriu cacife técnico e muito crédito após eliminar Atlético e Coritiba, mas tem consciência da envergadura do adversário que também atravessa um bom momento.

Como sempre acontece em jogos equilibrados e com a tensão natural das finais, as coisas se decidem nos detalhes e no aproveitamento das oportunidades de gol.

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