• Carregando...

Encerrou-se a etapa de muitas experiências e pequenas invenções na seleção brasileira.

De agora em diante, parece que só vão jogar os melhores em cada posição. Daí a presença de Ramires como titular, tendo em vista a sua melhor técnica e maior utilidade estratégica do que Elano, caracterizado como uma espécie de amuleto de Dunga.

Quanto ao técnico, é bom a gente ir se acostumando com a ideia de gostar dele. Claro, nada a ver com o seu permanente mau humor ou aquela discutível coleção de camisas exóticas. Mas gostar do profissional, do técnico que está acertando o time de forma a torná-lo mais competitivo do que na Copa anterior quando, mesmo com inúmeros craques renomados, Parreira não conseguiu dar forma e consistência à equipe.

Em todos os momentos nos quais foi exigida – nas partidas decisivas da Copa América, nos amistosos importantes e nos clássicos sul-americanos – a seleção de Dunga respondeu à altura. Isso é inegável. Melhorou em muito a postura defensiva e os atacantes têm jogado bem, com destaque ao artilheiro Luís Fabiano.

O problema estava na meia-cancha, mas, com as convocações de Felipe Melo e Ramires, as coisas melhoraram. Além, é claro, da volta de Kaká com alegria de jogar.

Goleiro é fundamental

Falha de goleiro é coisa normal em futebol. Mesmo grandes arqueiros comem os seus franguinhos. Mas é coisa rara.

Complicado é quando os goleiros começam a falhar constantemente, comprometendo o resultado das partidas e atrapalhando os planos de suas equipes. É o que tem acontecido com o Atlético, por exemplo, que, com um time mediano, porém esforçado, tem perdido jogos e pontos por causa dos graves erros cometidos pelos goleiros Galatto e Vinícius.

Claro que não são apenas eles que chamam a atenção no atual campeonato: Bruno derrubou o Flamengo com falhas incríveis na goleada do Coritiba; Renan enterrou o Botafogo frente ao Vitória; Fábio Costa, no Santos, e Marcos, no Palmeiras, de vez em quando aceitam uns gols esquisitos, tanto quanto Fernando Henrique no Fluminense ou os substitutos de Rogério Ceni – Bosco e Dênis – no São Paulo.

É dura a vida de goleiro, todos sabem. Porém, jamais se viu no futebol um time tornar-se vencedor sem contar com pelo menos um grande goleiro. Além de defender a meta, o bom goleiro organiza a defesa, orienta os companheiros e revela natural tendência para virar ídolo da torcida.

As jogadas equivocadas dos beques, dos médios e até mesmo os gols perdidos pelos atacantes acabam caindo no esquecimento, mas o frango não. O frango marca o jogador e abala a equipe inteira, confirmando que a presença de um bom goleiro é fundamental em todo time de futebol.

No caso específico do Atlético, ele não conta com um grande goleiro desde que Flávio, o Pantera, deixou o clube. E já se passaram sete anos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]