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Ao nos aproximarmos da final, revestida de curiosidade pelas circunstâncias que a cercam, surgem as avaliações, a identificação dos destaques, os levantamentos estatísticos... Enfim os saldos e retalhos de mais um Paranaense.

Como tem acontecido nos últimos anos, com a impressionante indigência técnica de Atlético e Paraná, o Coritiba tornou-se o foco principal de todas as análises em torno dos prováveis candidatos ao título.

Houve a débâcle do ano passado, quando nenhuma equipe da capital alcançou a classificação para as finais. Acabou sendo uma decisão festiva entre Londrina e Maringá, premiando o esforço e a superação do Interior tão desassistido pela Federação e CBF.

Desta feita, o Coxa conseguiu reabilitar-se no segundo confronto semifinal com o Londrina, após caótica apresentação fora de casa. Jogar mal como visitante virou rotina nas últimas temporadas alviverdes, independentemente do treinador ou do grupo de jogadores. Até mesmo nas finais da Copa do Brasil – com Vasco e Palmeiras – o titulo foi na realidade perdido no jogo fora, pois com comportamento mais maduro poderia ter se dado melhor como mandante.

Depois de um arrastado primeiro tempo sem gols, o Coritiba liquidou a fatura em apenas três minutos na etapa complementar diante do LEC. Foi a conjunção da capacidade técnica de seus jogadores com o desacerto defensivo do rival.

O fenômeno repetiu-se em Ponta Grossa e a equipe sucumbiu diante do Operário. Marquinhos Santos e seus liderados estão, novamente, desafiados a reverter a vantagem do rival.

Jogar no limite é perigoso e nem sempre as coisas funcionam. Além do imprescindível ajuste tático, do desempenho técnico e da motivação, o Coritiba terá de contar com eventuais erros e, sobretudo, desequilíbrio psicológico do Fantasma que chega à primeira final em sua centenária história.

Pelo que vi do time de Itamar Schülle, a missão coxa-branca será mais embaraçada desta vez. A retaguarda é mais consistente, os alas são experientes e de bom padrão técnico. O meio de campo marca forte e sai para o ataque com naturalidade e o goleador Douglas estará de volta.

Claro que o provável retorno de Rafhael Lucas será importante, tanto quanto uma melhor arrumação defensiva e, sobretudo, maior movimentação no meio.

Ao fim e ao cabo, pergunta o torcedor do Coritiba: esse time tem condições de alçar voo no Brasileiro ? A base existe, mas a diretoria necessita contratar reforços para os três setores.

Em fase decisiva no mata-mata até dá para jogar no limite, mas em uma competição extensa e com nível de exigência bem maior, torna-se complicado.

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