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Foi uma das melhores partidas disputadas em Curitiba nos últimos tempos. Só que, ao contrário do ano passado quando levou de 7 a 2, ontem o Vasco apresentou-se muito bem e mostrou futebol de primeira qualidade. Bem montado por Renato Gaúcho, o time carioca teve no experiente Ramon a fonte de suas melhores jogadas, que não foram poucas com destaque ao meia Andrade, exímio cobrador de tiros livres diretos.

O jogo foi excepcional porque os times jogaram com ardor e grande velocidade sempre em busca do gol. Na alternância da contagem, ora com o Atlético à frente, ora com o Vasco, revelou-se o equilíbrio e a excelência técnica das equipes muito fogosas.

O Furacão venceu porque mostrou melhor condicionamento físico no final, melhor aproveitamento e arrebentou quando entraram Válber e Pedro Oldoni, rápidos e mortais. No plano individual, o lateral-direito atleticano Evanílson foi o nome do jogo.

Desafio tricolor

Formar bom elenco, manter a estrutura do time durante meses na disputa de um campeonato longo como é o Brasileiro e gerenciar a organização, administrar crises de convivência entre os profissionais e, sobretudo, superar as dificuldades financeiras é tarefa que exige muito de qualquer clube.

Mais uma vez o Paraná se supera e apresenta campanha apreciável, ultrapassando em muito as expectativas da diretoria e da própria torcida.

Vítima da discriminação econômica que assinala a existência do Clube dos 13, o Paraná tem sido gigante nas últimas temporadas.

Mesmo restrito a uma verba quase insignificante em comparação aos seus concorrentes no mesmo campeonato, tendo de jogar no Pinheirão e, em algumas vezes no interior, até que retornou à Vila Capanema, o clube conseguiu reunir um elenco bastante razoável. Entretanto, contusões e crises de relacionamento, próprias em qualquer entidade esportiva, acabaram atrapalhando os planos do técnico Caio Junior.

A eliminação na Copa Sul-Americana foi um choque, e as últimas derrotas também contribuíram para uma revisão do plano de vôo tricolor. Nada, entretanto, que diminua o ímpeto do grupo e a realização de sonho de alcançar uma vaga, pela primeira vez, na Taça Libertadores da América.

Pela desigualdade econômica que sofre e pelos próprios recursos que possui em termos de estádio e de potencial de público, deve-se louvar o trabalho da diretoria e dos profissionais do Paraná.

Claro que sempre se espera um pouco mais, especialmente quando uma equipe consegue figurar, durante várias rodadas, entre os principais times do campeonato.

Pois o Paraná está precisando, hoje, desse poder do algo mais para superar o Cruzeiro e continuar na briga pela vaga no torneio continental.

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