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Parreira resolveu apostar firme em Ronaldo e armou um time mais leve, mais veloz, mais criativo e com apenas um avante enfiado na defesa adversária.

Deu tudo certo para o Brasil e para Ronaldo que, finalmente, conseguiu quebrar o encanto e marcou dois gols que o colocaram no topo dos artilheiros de mundiais, ao lado do alemão Müller.

Ronaldo jogou bem, marcou dois gols e mostrou, definitivamente, que a fórmula com dois avantes é ineficiente, pois ele e Adriano vinham ocupando o mesmo espaço. Com um avante a menos aumentou o número de armadores e multiplicaram-se as situações para a marcação de gols.

Ao lançar os alas Cicinho e Gilberto, o técnico brasileiro aceitou correr o risco das inevitáveis comparações com Cafu e Roberto Carlos e, logicamente, os jovens levaram vantagem. Cicinho é bem mais técnico do que Cafu, que se consagrou internacionalmente e construiu a sua vitoriosa carreira baseado na força física e no apoio constante ao ataque. Com o passar do tempo, Cafu foi, naturalmente, perdendo o vigor e não mantém o mesmo rendimento.

Do outro lado, Roberto Carlos também ficou em desvantagem, pois além de ter jogado bem, Gilberto marcou um dos gols da goleada. Porém, pelo que se conhece de Parreira, é provável que os veteranos retornem na próxima partida.

Gilberto Silva substituiu Emerson à altura, mas o que proporcionou mesmo mais mobilidade e graça à seleção foi a movimentação do quadrado que municiou Ronaldo o tempo inteiro: Kaká, Juninho, Ronaldinho Gaúcho e Robinho, em uma sinfonia de passes, dribles, lançamentos e, afinal, o resgate da magia do verdadeiro e original futebol brasileiro.

Ronaldinho Gaúcho, que vinha se constituindo em figura quase decorativa nas primeiras partidas, soltou-se, apareceu para o jogo e constituiu-se na principal figura no plano individual desse jogo repleto de facetas curiosas e que certamente merecerão muitas análises até o confronto com Gana.

Com três triunfos na Copa a seleção brasileira parte para as oitavas-de-final com todas as condições de favorito diante do único país africano que conseguiu a classificação.

Gana é uma equipe destemida, rápida mas que não apresenta grande potencial ofensivo.

Basta a seleção brasileira jogar com o mesmo padrão de ontem e com apenas um centro-avante para desenvolver o seu estilo e colher a vitória que a remeterá para as quartas-de-final, daí, sim, cruzando com um adversário de maior envergadura técnica.

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