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Em todo campeonato existem jogos e jogos. Ou, por outra, a maioria dos jogos é comum, repetitiva e, não raras vezes, modorrenta. Po­­rém, alguns são bons e marcam a memória do torcedor.

Não estou falando de partidas decisivas, aquelas que apontam o campeão, mas de jogos como este de hoje, por exemplo, entre Coritiba e Corinthians.

O Alto da Glória engalanou-se para receber grande público e servir de palco da partida que reúne todos os requisitos para ser das melhores. A começar pela transferência da data, atendendo ao interesse da televisão que banca o campeonato, o que revestiu o encontro entre coxas e corintianos de incomum interesse pela promoção obtida através dos dias.

Tecnicamente, o Corinthians é um time em ascensão, mesmo ainda sem poder contar com Ronaldo, e o Coritiba é um time que marca passo, alternando bons e maus resultados sem conseguir sair das proximidades da zona de rebaixamento.

Para alcançar um triunfo, o Coxa terá de se superar no plano coletivo e contar com atuações acima da média dos seus principais jogadores: Vanderlei, Leandro Donizete, Pedro Ken, Marcelinho Paraíba e Ariel.

Sim, Ariel. Há algum tempo venho exercendo o papel de atento observador das atuações do atacante argentino e, talvez raro analista, que tenha reconhecido os seus méritos em meio a críticas e ironias.

Longe de ser um atacante completo e muito menos craque, Ariel é jogador diferenciado, um pouco por saber usar a estatura e muito pela habilidade que possui à partir do instante em que consegue dominar a bola. Explico melhor: a maior dificuldade dele reside no fundamento do domínio da bola. À partir dali, ele executa todas as tarefas com talento, daí a marcação de alguns gols es­­petaculares e assistências importantes.

Mas tem um detalhe: Ariel é fácil de ser marcado. Basta que os zagueiros não lhe ofereçam o corpo para ele usar como ponto de apoio para o giro rápido. Ariel fica de costas para o marcador e utiliza o contato com o adversário como alavanca nas suas perigosas investidas.

Do lado corintiano, um grupo forte, apesar dos desfalques sofridos com a janela internacional, muito bem dirigido por Mano Menezes, talvez a maior revelação como técnico nas últimas temporadas. Para quem não sabe, no início de carreira, Mano trabalhou alguns meses no Iraty.

Expectativa

Atlético e Botafogo são dois dos times mais fracos do atual futebol brasileiro e voltam a jogar pela Copa Sul-Americana. A curiosidade é saber se conseguirão mostrar coisa melhor do que na partida sem gols na Arena da Baixada ou se teremos mais do mesmo.

A ressurreição de Netinho é a principal novidade do Atlético para os meses finais do ano. Trata-se de mais uma promessa que não confirmou a expectativa, não se completando como meia-armador, nem como ala-esquerdo.

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