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Os dirigentes do futebol brasileiro teimam em não admitir que os campeonatos estaduais esvaziaram-se pelo excesso de oferta da atração na televisão. Com o avanço tecnológico e a verdadeira invasão da televisão no atraente mercado esportivo, registra-se mais oferta do que procura. São tantos os espetáculos oferecidos ao mesmo tempo, com excesso de futebol de todas as categorias e de todos os países com torneios superpostos, que o torcedor – cada vez mais transformado em telespectador – fica confuso no momento da escolha. Claro que não dá para ver tudo, mesmo porque a qualidade técnica cai diante da exagerada quantidade de partidas.

E como está aumentando o número de canais dedicados ao esporte mundial os clubes se aproveitam do fato faturando mais e aumentando a carga de trabalho dos jogadores. Messi e Neymar, atrações de primeira na telinha, jogam de três em três dias pelo Barcelona no Campeonato Espanhol, Copa do Rei ou Liga dos Campeões e ainda se apresentam pelas seleções nacionais em jogos oficiais ou amistosos muito bem planejados por investidores e patrocinadores.

Não é diferente com as nossas equipes que disputam torneios nos mesmos moldes com nomes diferentes: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana e, no caso específico daqui, os tais estaduais cada vez mais deficitários pela simples razão de não conseguirem oferecer suporte de atração no mesmo padrão das outras competições.

As leis do mercado consumidor impuseram a diminuição do tamanho dos estaduais que, se fossem planejados por dirigentes melhor intencionados, mudariam urgentemente o formato para sobreviver e manter os times pequenos em atividade o ano inteiro.

Largada

Mesmo com nível técnico geral sofrível e com o Atlético jogando com seu time reserva, o Paranaense dá a largada para a fase mata-mata que certamente será melhor do que a arrastada etapa classificatória. Maringá e Prudentópolis foram duas agradáveis surpresas, pois mostraram trabalho mais eficiente do que a maioria e se enfrentam em confrontos de absoluto equilíbrio. O mesmo se aplica a Londrina e J.Malucelli.

Apesar da campanha satisfatória e do bom desempenho estratégico do treinador Netinho, o Rio Branco encontrará dificuldades para eliminar o Coritiba. Não que o Coxa esteja voando, muito pelo contrário, mas possui individualidades como Alex que podem desequilibrar. A alternativa é tentar sair com vantagem em Paranaguá. Aqui, na boca da noite de domingo, Atlético e Paraná. O Tricolor é o favorito disparado, pelo menos na concepção do técnico Milton Mendes e do goleador Giancarlo. Caberá ao Furacão provar o contrário desde que a sua estranha diretoria libere Petkovic para a escalação de um time razoavelmente competitivo.

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