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A chegada do galã Renato Gaúcho a Curitiba deixou as garotas em polvorosa.

Até porque o novo técnico do Atlético parece fazer questão de lembrar o seu retrospecto.

Dedicadas ao oficio, e cada vez mais atrevidas, as caçadoras de ídolos esportivos transformam o assédio sexual em prática corriqueira.

Assunto tabu para os casados e os discretos, o relacionamento íntimo com as fãs é abordado sem constrangimento por alguns atletas, em especial os jogadores de futebol, alvos preferenciais desta espécie cada vez mais abundante conhecida popularmente como "Maria Chuteira".

Mas, a despeito da aparente predileção pelo futebol, as assediadoras costumam atacar também em outros esportes. Com uma velocidade que se assemelha à dos carros na pista, as peruas de boxes abordam pilotos, preparadores e mesmo os mecânicos da Fórmula 1. Basta trajar um macacão e falar inglês para merecer a atenção da categoria "Maria Gasolina".

Um episódio, ocorrido em meados dos anos 1970, entrou para a história erótica da F-1. Acreditando ter passado uma noite de sonhos com o classudo ator inglês David Niven, a fã foi surpreendida pela manhã, quando o homem alto, grisalho e britanicamente vestido despediu-se na porta do hotel:

– Muito prazer. Meu nome é Colin Chapman.

Dependendo do desempenho de Chapman, pode até não ter sido um mau negócio para a pegadora. Tratava-se do gênio que transformou a Lotus em um dos símbolos da F-1.

Dizem aqueles que acompanham de perto os paddocks do automobilismo que na noite de sábado, em véspera de prova, as pistas dos autódromos se transformam em aconchegantes bordéis.

No futebol, entre centenas de histórias sobre o tema, conta-se que na época de ouro do grande Santos – anos 1960 – o time estava concentrado em Paris para um jogo amistoso quando Gilmar e Mauro viram Dorval entrar no hotel acompanhado de uma loura mais alta do que ele, bem vestida e muito maquiada. Logo perceberam tratar-se de um travesti e correram para avisar o companheiro antes que ele entrasse na suíte.

– Ei, Dorval, há um engano. Essa loura não é mulher!

– E daí ? Ela pensa que eu sou o Pelé...

O mundo gira, a vida segue, a fila anda e mensagens eletrônicas com propostas, torpedos no telefone, puxões nas roupas e mesmo beliscões compõem o arsenal de truques das assediadoras.

Claro que existe grande diferença na forma entre a tietagem e o assédio. A tiete quer apenas um autógrafo, quem sabe um inocente beijo do ídolo, e pára por aí. A assediadora deseja bem mais do que isso e quase invariavelmente costuma deixar claras suas intenções.

A intensa movimentação pelos lados da Arena da Baixada é prenúncio de que a temporada do inverno curitibano reserva fortes emoções.

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