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Não foi por acaso o alerta que fiz ao Atlético no espinhoso caminho na busca da vaga na Libertadores. Certa euforia tomou conta da torcida e de setores da crônica radiofônica, mais suscetível a badalações na busca de simpatia e maior audiência. Dos torcedores todo o otimismo é bem-vindo, porém daqueles que têm a responsabilidade da análise e da antevisão dos fatos é recomendável ponderação e, sobretudo, conhecimento da matéria.

Futebol é um esporte desconcertante, tanto que até outro dia muitos cantavam em prosa e verso a ascensão do Paraná e agora lamentam o seu fracasso, da mesma forma que o Atlético está com tudo, mas também corre o risco de ficar sem nada. Claro que os fados estão ao lado do Furacão, mas é bom que os profissionais estejam atentos para os grandes desafios até o fim do mês.

Nenhum time brasileiro pode se dar ao luxo de jogar sem cinco titulares achando que vai ganhar do mesmo jeito. A aventura atleticana em Criciúma foi um desastre, apesar do golaço de Paulo Baier na comemoração do seu centésimo gol. Com os triunfos de Grêmio e Goiás – que passou o Botafogo para trás – a equipe de Vagner Mancini está impelida a somar os três pontos no Maracanã, o mesmo Maracanã em que aplicou a virada histórica de 4 a 2 sobre o Flamengo, o seu adversário nas finais da Copa do Brasil.

Mas esta é outra história e todas as atenções estão voltadas para o jogo com o desgastado e desesperado Botafogo diante de um Atlético que continua com tudo a seu favor, mas precisa fazer por onde merecer a classificação.

Sem tempo

Acabou o tempo para o Coritiba e o resultado de vitória tornou-se obrigatório para afastá-lo do inferno do rebaixamento. A má apresentação e a derrota em casa para o Corinthians não faziam parte do programa e nem mesmo os erros da arbitragem justificam o fracasso coxa-branca.

Para vencer o Criciúma, na mesma posição dramática, o Coritiba terá de mostrar recursos técnicos maiores e dedicação integral de todos os jogadores, até daqueles que preferem o uso do talento em vez da garra.

Divã paranista

A lamentável campanha no returno prostrou dirigentes, jogadores e torcedores do Paraná, provocando profundo debate em torno das razões que determinaram a degringolada geral.

No divã paranista cabe tudo: dirigentes fracos que não conseguiram se impor aos profissionais nas situações de crise financeira, inclusive com greve dos jogadores na metade do campeonato; treinador competente, porém inexperiente para lidar com um elenco emocionalmente conturbado pelo atraso nos pagamentos e outras circunstâncias de um clube problemático; jogadores insensíveis aos apelos da torcida que, literalmente, fez de tudo para ajudá-los na busca de uma vaga na Série A.

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