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A vitória veio na hora certa para o Coritiba, que começava a emitir sinais de declínio técnico no campeonato. Mas não foi fácil, como também esteve longe de ser boa a apresentação do time de Júnior. No primeiro tempo, o Galo Mineiro foi melhor e saiu na frente com um golaço de Renan Oliveira.

Com as alterações processadas no intervalo – entradas de Ariel e o estreante Bilu nos lugares de João Henrique e Tiago Bernardes –, o Coxa reagiu e chegou ao empate com um golaço de Ricardinho. E a virada aconteceu no rebote do goleiro que Maurício, mesmo impedido, completou para a meta e a arbitragem confirmou. Valeu a reabilitação.

Na concretude da vida, Keirrison foi vaiado por parte da torcida ao ser substituído. Sinal de que começa a viver os últimos dias no Alto da Glória, enquanto o argentino Ariel Nahuelpan vai ocupando o espaço no coração dos torcedores.

Beato Geninho

Ao voltar a dirigir o time do Atlético neste momento dramático, o técnico Geninho encarou tarefa tão difícil de cumprir que, bem sucedido, será beatificado pela fiel torcida rubro-negra.

Com o Furacão seriamente ameaçado pelo rebaixamento e contando com inúmeros problemas de toda sorte (pelo desajuste que tomou conta do futebol do clube nas últimas temporadas em que só se falou na Copa do Mundo de 2014), Geninho está operando prodígios para sair-se bem.

Com o trabalho de péssima qualificação que vinha sendo realizado no departamento de futebol, em todas as categorias, o retorno de Geninho foi um gesto de coragem, desapego e respeito à torcida atleticana que o idolatra desde a conquista do título brasileiro.

Trabalho árduo que se desenvolve em meio à acirrada luta contra o rebaixamento.

Mas, para complicar ainda mais a vida do técnico, ele perdeu Rafael Santos, um dos destaques da última partida. Além dele, Renan e Geílson (lesionados) e Rafael Moura, que foi expulso.

Rafael Santos é a síntese da desarrumação do futebol atleticano, pois estava há um ano no clube e vinha treinando separadamente sabe lá em nome de qual critério de avaliação. Pois ele foi lançado e mostrou que é, tecnicamente, bem mais capacitado do que muitos zagueiros que vinham atuando no combalido time do Atlético.

Devem voltar Alberto e Júlio César, dois veteranos contratados sob risco, já que assinaram contrato machucados, algo que não se imaginava acontecer no futebol brasileiro profissional.

Contrariando a cartilha usual nos clubes considerados de primeira linha, outros jogadores também foram contratados em mau estado físico e continuam atazanando a vida do técnico que nunca pode contar com o elenco completo. A cada jogo, saem pelo menos dois machucados e, invariavelmente, um expulso.

Em São Januário, onde jamais venceu, o Furacão terá pela frente o Vasco em confronto de equipes desesperadas.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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