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Antes de qualquer coisa é preciso destacar que os melhores jogadores brasileiros estão jogando fora. Isto posto, vamos aos fatos.

Não dá para comparar o nível entre o futebol praticado atualmente aqui com o europeu. Claro que os clubes europeus são muito mais organizados, investem e reúnem os principais jogadores do planeta.

Aí é que se iniciam os questionamentos. Do mesmo jeito que não se aceita mais que a aviação civil brasileira seja o lixo que estamos vendo, ou que se comemore a saída da sonolência das forças de segurança para combater o crime organizado após décadas de violência desenfreada, não dá mais para ficar ouvindo que os clubes do futebol brasileiro seguem pobres apenas por má gestão.

Ora, se possuímos a melhor matéria-prima, por quais motivos os clubes não se fortalecem e vendem o espetáculo para o exterior em vez de vender os artistas?

Quem assistiu o vexame de domingo, em Barueri, com o futebol medíocre praticado pelo quase futuro campeão nacional Fluminense e o futebol patético desenvolvido pelo desinteressado Palmeiras, no dia seguinte deve ter ficado com uma pontinha de vergonha ao contemplar a beleza de Barcelona 5 x 0 Real Madrid.

Eu pelo menos fiquei. Ainda mais quando o Barcelona esnobou no final colocando um ataque de revelações das categorias de base, com direito a gol do jovem Jeffren. Na hora lembrei que o Atlético, sexto colocado do nosso campeonato nacional, está com saldo negativo de três gols.

O futebol brasileiro caiu tanto que até a nova safra de valores não oferece muitas alternativas aos técnicos Mano Menezes e Ney Franco, em suas respectivas seleções. A coisa anda tão assustadora que o selecionador nacional ainda aposta em Ronaldinho Gaúcho, reservão no Milan e com as portas de saída abertas pela diretoria do clube.

A inoperância ofensiva do Fluminense, com destaque ao incrível gol perdido por Fred, depois da coleção de Washington nas últimas partidas; o fato de o vice-líder Corinthians depender de um jogador em fim de carreira, pesando 100 kg como Ronaldo e a má arbitragem ter afastado o Cruzeiro da corrida pelo título, emolduram o encerramento da pobre temporada.

Para aumentar o grau de preocupação, chega essa notícia das agências internacionais com graves acusações contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que acumula as funções de presidente do comitê organizador da Copa de 2014.

Caro leitor, responda-me se for capaz: preferes viajar de avião ou encarar a estrada que liga Curitiba a São Paulo e que até hoje não está pronta?

Aliás, se vivêssemos em um país que respeitasse o contribuinte e o cidadão em geral, Curitiba-São Paulo estaria interligada há décadas por trens expressos para passageiros, ponte-aérea e estrada de rodagem com quatro pistas em cada sentido. E tudo isso com segurança pública eficiente.

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