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Se o Atletiba estava supermotivado por conta das gozações dos coxas sobre os atleticanos, pela preocupação da Polícia Militar com a segurança na eventualidade de o Coritiba erguer a taça de campeão após o clássico e pela tradição do grande jogo, com a goleada do Atlético sobre o Bahia não falta mais nada.

Vamos por partes, como faria o velho Jack Estripador. Nada mais aborrecido, caro leitor, do que testemunhar o mau comportamento de autoridades e políticos em geral, distribuindo maus exemplos diários, que, obviamente, refletem, no comportamento do povo. Abor­­recido, porque parece que o país teima em não evoluir, crescer e tornar-se adulto na mesma proporção de sua economia e, consequentemente, de sua importância na esfera mundial. Vergonhoso e incômodo, também.

Que a população seja mal tratada nas estradas – filas enormes, no feriado de ontem, em todas as saídas de Curitiba –, nos aeroportos, nas repartições públicas e sinta a falta de segurança nas ruas a todo momento, tornou-se praticamente triste rotina. Mas não se pode tolerar a violência pela violência dos torcedores de futebol. Cenas deploráveis foram registradas no quebra-quebra dos torcedores do Coritiba pela falta de ingressos no Alto da Glória e na pancadaria dos torcedores do Atlético antes da partida de quarta-feira na Arena da Baixada.

O Brasil anda precisando de completa reeducação, iniciando-se pelas autoridades públicas e os tais representantes do povo, até chegar nas camadas menos assistidas da sociedade.

A agressividade e a falta de vergonha generalizada passaram dos limites aceitáveis há muito tempo.

O jogo

Os ignorantes que levam o futebol a ferro e fogo, como se os times e os seus respectivos simpatizantes fossem inimigos de morte, precisam entender que eles são meros rivais de uma competição esportiva que, como em todas as modalidades, pedem, no mínimo, dois disputantes.

O futebol foi criado para ser uma festa e não uma guerra como foi transformado por essas hordas de vândalos travestidos de torcedores.

Quem for à Arena da Baixada que saia de casa com espírito esportivo, alma olímpica se for possível, e com a certeza de que assistirá a um grande jogo.

O Coritiba continua com todas as vantagens, inclusive com o favoritismo para vencer o clássico diante do impressionante retrospecto de recordes que vem apresentando.

O Atlético, porém, ressurgiu na goleada sobre o Bahia, mostrando nova fisionomia como time de competição.

O técnico Adilson Batista injetou ânimo e ajustou o posicionamento da equipe, que se desenvolveu muito bem e mostrou um estilo de jogo até então desconhecido nesta temporada.

Marcelo Oliveira assistiu a exibição do Furacão e certamente já tomou as suas cautelas para evitar surpresas no domingo.

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