Profundamente negativo o clima de incerteza e insegurança que domina o Brasil neste ano que se aproxima do final. No panorama político o pior quadro possível, com o prestígio dos governantes eleitos há um ano em frangalhos e o comportamento da maioria dos parlamentares duramente censurado pela população. No panorama esportivo, muitas preocupações com a organização, as obras e, agora também, a segurança das Olimpíadas no Rio de Janeiro e o caos que se instalou na CBF.
Fiquemos apenas com o grande circo armado na sede da entidade máxima do futebol. O presidente Marco Polo Del Nero não se manca e segue no posto, mesmo abalado por denúncias, com receio de viajar e ser apanhado pelo FBI. Se tivesse um mínimo de bom senso já estaria licenciado do cargo até que se encerrassem as investigações e ficasse comprovada a sua inocência. Em nosso país, tristemente, ética e moral foram jogadas no lixo. Alô, alô deputado Eduardo Cunha!
As arbitragens do campeonato seguem deprimentes. No final do quentíssimo jogo entre Atlético e Palmeiras fiquei com pena do atarantado árbitro paraense Dewson Freitas da Silva. Mesmo ostentando o escudo da Fifa no peito demonstrou que está muito longe de merecer a distinção por recursos técnicos.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) continua com o estigma de “Tribunal de opereta”. Simplesmente porque falta equilíbrio e lógica em algumas decisões. Esta de o Coritiba ser punido pelo fato de uma dezena de torcedores do Sport ter brigado no estádio Couto Pereira foi de lascar. Que culpa teve o clube mandante se os torcedores visitantes saíram na mão no local a eles reservado protegido pelo policiamento?
Mais Terceiro Mundo é impossível.
Atletiba
Vida que segue, domingo a dupla Atletiba volta a lida. Aqui, com os portões fechados para o público, o Coritiba tentará colher novo triunfo para seguir com chances de escapar do rebaixamento.
Esse Pachequinho está saindo melhor do que a encomenda: parecia outro time no Serra Dourada. Bem distribuído em campo e com os jogadores motivados o Coxa passou por cima do Goiás. Domingo, depende de como virá o Santos, dividido entre o campeonato e as finais da Copa do Brasil.
Outro que vai bem no comando é Cristovão. Conseguiu corrigir o posicionamento do meio para frente. Na defesa, porém, a coisa continua braba. As bobeiras cometidas nos lances que resultaram nos gols do Palmeiras beiraram a indigência técnica. Não foi à toa que o zagueiro Kadu saiu de campo vaiado pela sofrida torcida atleticana. Com o Sport, também sem torcida, outra oportunidade para Cristovão evoluir no trabalho.
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