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Antigos medalhões estão saindo de cena e vemos o lançamento de diversos promissores treinadores. Alguns se perderam na largada, passando a frequentar o circuito dos clubes de segunda linha depois da queimada registrada nos grandes, especialmente no eixo Rio-São Paulo.

Exemplo desse tipo de técnico é o paranaense Adílson Batista, que realizou bom trabalho no Cruzeiro e percorreu rapidamente os maiores times paulistas sem o mesmo sucesso, culminando com a péssima passagem que teve pelo Atlético, entre a meia dúzia de treinadores que contribuíram para a queda do Furacão em 2011. Tenta refazer-se no Figueirense.

Em compensação Dunga, que foi lançado de cima para baixo na condição de técnico da seleção brasileira, realizou trabalho satisfatório na montagem da equipe, mas como foi infeliz na eliminação para a Holanda, optou por um período sabático e foi reconduzido ao posto pelo Internacional, onde desenvolve boa atuação. Tem tudo para dar a volta por cima.

Da nova geração surgem com destaque Gílson Kleina, no Palmeiras; Dado Cavalcanti, no Paraná; Marquinhos Santos, no Coritiba; Marcelo Oliveira, no Cruzeiro; Cristovão Borges, no Bahia e alguns mais, também destacando Vagner Mancini, que recebeu do Atlético a grande oportunidade de firmar-se na nova constelação de astros.

Em certa medida, o futebol torna verificáveis os valores e os méritos que a vida embaralha, confunde, oculta, perverte. Mas o futebol só faz isso até certo ponto: ele é o jogo de bola mais sujeito à interpretação, ao questionamento do feito e do mérito, à discussão da justiça e da injustiça de um resultado, à disparidade das preferências por diferentes estilos, à distorção imaginária.

Toda essa nebulosa de demandas pelo reconhecimento converge na figura do técnico como líder, psicólogo, estrategista, cuja atuação nos dias de hoje tornou-se quase um fetiche midiático. A cabeça coroada é posta à prêmio para ser cobrada e negada com a mesma virulência da sua consagração.

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Efabulativo: Fui gentilmente homenageado pela "Confraria Amigos da Bola" – que reúne jogadores do passado, cronistas e amantes do futebol em geral –, liderada pelo ex-craque Capitão Hidalgo. Revi antigos amigos, entre eles o goleiro Célio; os zagueiros Oberdan, Cláudio, Marinho e Dionísio; o armador Dreyer, os ponteiros Sidnei Bottini e Aladim; e o ex-preparador físico e atual desembargador Antonio Loyola. Enfim, matamos a saudade conversando e ouvindo os discursos de Durval Monteiro e Domingos Moro.

Oberdan, ainda em forma, lembrou da fixação que tinha pelo Dodge Dart do presidente Evangelino Neves, até que foi surpreendido por uma oferta de pai para filho e pagou o carro logo à vista. Depois de uma semana tentou devolver sem sucesso: o Dodgão bebia mais do que muitos jogadores daquele tempo fantástico do Coritiba.

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