• Carregando...

Com a desenfreada saída de bons jogadores para o exterior tornou-se cada vez mais difícil manter níveis aceitáveis de qualidade nas equipes nacionais. Por isso caiu o padrão técnico dos nossos campeonatos.

Essa obviedade foi rapidamente entendida por alguns treinadores que trataram de mudar a postura dos seus times, os quais abandonaram o futebol ofensivo e trataram de tomar precauções defensivas.

Muricy, do São Paulo, foi o mais rápido no gatilho tão logo percebeu a limitação técnica dos atacantes colocados à sua disposição e fortaleceu o sistema defensivo que tem sido o maior destaque do atual líder do campeonato.

Muita gente surpreendeu-se com essa mudança, talvez porque estava acostumada com a variedade ofensiva dos principais times que, pouco a pouco, foram rareando até chegar ao ápice quando o poderoso Corinthians – que contou com atacantes como Liédson, Jô, Carlos Alberto, Nilmar, Tevez e outros, – acabou contratando o veterano Finazzi (que, ainda assim, tem feito os seus golzinhos).

É a dura nova realidade do futebol brasileiro no mercado interno: o melhor ataque é a defesa. E por isso mesmo os europeus estão contratando goleiros e zagueiros do nosso país em quantidades jamais vistas em outros tempos.

Especialmente na posição de goleiro o futebol europeu sempre esnobou os sul-americanos, limitando-se a levar, de vez em quando, algum arqueiro argentino ou uruguaio.

Porém, goleiro brasileiro era visto com reservas por lá até que Taffarel quebrou a tradição e consagrou-se, abrindo as portas para mais de uma dúzia de profissionais do gol que atuam no exterior. E muitos deles jogam em clubes de primeira linha e tem se destacado a cada nova temporada.

Não por coincidência, Atlético e Paraná enfrentam dificuldades no atual campeonato porque se enfraqueceram ofensivamente e não estão conseguindo melhorar o posicionamento de suas defesas.

* * * * *

EFABULATIVO: Nestes meses tenebrosos de crise aérea, quando foram registrados os dois maiores acidentes da história da aviação brasileira e com um governo perdido em meio a tanta incompetência e má aplicação de recursos, lembramos com saudade do bordão do cantor Jorge Veiga: "Alô, alô, aviadores que cruzam os céus do Brasil. Aqui fala Jorge Veiga pela Rádio Nacional".

Eram as emissoras, como a Nacional do Rio de Janeiro, e outras que orientavam os pilotos, pois não existia controle de tráfego aéreo como hoje. Havia um rastreador que sintonizava emissoras de rádio para a equipe de bordo saber sobre qual cidade estava sobrevoando.

Eram tempos românticos, nas décadas de 1940 e 1950. Só quando ia pousar o comandante recebia orientação da torre do aeroporto.

Como Jorge Veiga era amigo de um piloto e soube que eles se orientavam pelas rádios espalhadas por todo o país, criou a famosa expressão para orientá-los.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]