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Ousado ao trocar o microfone pelo apito de treino, o ex-jogador Caio Junior resolveu encerrar a sua breve carreira de comentarista para dedicar-se exclusivamente ao trabalho de técnico.

Muitos tentaram e não deram certo. Outros continuam ensaiando para ver se conseguem aprender a comentar partidas de futebol no rádio ou na televisão. A língua portuguesa tem sofrido bastante, mas continua generosa e paciente. Quem anda impaciente são os ouvintes, que não suportam mais tantas palavras e frases erradas ou mal construídas. Mas o pior mesmo é a falta de conteúdo nas análises dos jogos.

Pelo menos desse mal Caio nunca sofreu, pois estudou e não decepcionou como comentarista. Mas ele acertou mesmo foi quando aceitou o desafio de assumir o comando do time do Paraná.

Pegou o Paraná no auge, campeão estadual recente e ainda cheirando a tinta. Ele foi em frente testando novos valores, promovendo transformações de ordem tática e técnica até que ajustou a equipe de tal forma que ela se manteve entre os cinco melhores classificados durante muitas rodadas.

Enganou-se quem pensou que Caio só enxergava futebol quando estava dentro de campo com a bola. Assim que ele se transformou em treinador, o que não demorou muito, todos puderam confirmar como ele observa bem o jogo do lado de fora do campo. Caio vai ser um dos bons treinadores do Brasil, não tenham dúvidas.

Está aí o Paraná chegando a última rodada, com a responsabilidade de realizar o jogo mais importante do longo campeonato. Será o jogo com maior interesse em disputa: a vitória vale uma vaga na Taça Libertadores da América. O jogo do Vasco também vale, mas depende do que acontecer em Vila Capanema.

Caio e o Paraná estão, como dizia minha veneranda vovó, com a faca e o queijo nas mãos.

Os números não mentem

Foi divulgada uma estatística, ontem, segundo a qual caiu vertiginosamente neste ano o índice de aproveitamento do Atlético em jogos disputados na Arena da Baixada.

Tido como fortim atleticano, o famoso Caldeirão deixou de assustar os adversários na medida em que o time enfraqueceu-se e não conseguiu se impor como no passado.

Tudo porque o atual elenco do Furacão é um dos mais sem graça dos últimos anos, com poucos jogadores de qualidade técnica, com muitos sem identidade com o clube e com outros tantos demonstrando insegurança pela constante troca de treinadores e, sobretudo, pelo desgaste registrado no caso Dagoberto.

Com a falta de consistência técnica na Arena, o Atlético acabou perdendo todos os campeonatos que disputou e corre o risco de ficar sem a vaga da Copa Sul-Americana. Para isso terá de tentar fazer fora o que não conseguiu em casa: ganhar da Ponte Preta.

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