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O Coritiba gostou do empate porque disparou na liderança, mas poderia ter saído vencedor da Arena pelo volume de jogo que apresentou. O Atlético evidenciou as suas carências técnicas com a escalação de três volantes e apenas Netinho na armação, o que levou o time a ser dominado pelo Coritiba no primeiro tempo.

Depois de chances perdidas e uma bola cabeceada por Jeci no travessão, o Coxa foi vítima dos sortilégios do futebol e sofreu o gol na única ação efetivamente ofensiva do Furacão na etapa inicial.

Mas a equipe de Ney Franco manteve a superioridade técnica na meia-cancha, sob o comando do eficiente Leandro Donizete e intensa movimentação no ataque, até que Renatinho lesionou-se para a entrada de Ariel. Diminuíram as triangulações e os passes de primeira, entretanto prosseguiu a determinação de chegar ao empate.

Mesmo após o gol de Manoel, o time de Antônio Lopes apenas se defendeu, reagindo um pouco no segundo tempo nas jogadas de contra-ataque, até que a justiça se fez no placar com o golaço de Marcos Aurélio cobrando falta.

O goleiro Neto falhou no lance porque, repetindo o que aconteceu contra o Nacional, ficou posicionado atrás da barreira e Marcos Aurélio arremessou no canto em que ele deveria estar. Paulo Baier retornou depois de longo tempo e, mesmo fora da melhor forma, mostrou que sobra na turma.

A arbitragem de Heber Roberto Lopes – eleito o melhor apitador brasileiro – chamou a atenção. Foi no mínimo temerário o critério de Heber, especialmente na etapa complementar, quando deixou de assinalar faltas para em seguida apresentar cartões amarelos. Foi uma inovação perigosa, sobretudo por tratar-se de um clássico tradicionalmente nervoso.

Fugindo de casa

Nos demais jogos da rodada, os principais resultados foram a vitória do Operário sobre o Corinthians, aliviando a situação do time de Ponta Grossa; o jogo de muitos gols em Cascavel e o triunfo do Paraná em Prudentópolis.

Mais uma vez o time paranista conseguiu apresentar melhor futebol longe do péssimo gramado da Vila Capanema e conquistou os importantes três pontos. A partida foi disputada, com o Serrano forçando – mas esbarrando na perícia do goleiro Juninho, que operou prodígios para assegurar a vantagem desenhada na jogada de Márcio Diego, complementada por Everton.

Como não deve perfilar entre os primeiros colocados favorecidos pelo esdrúxulo regulamento do campeonato, mas continua fugindo de casa para jogar em campos melhores, o Paraná pode se dar bem no octogonal decisivo.

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