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Dispensado pelo Real Madrid por não conseguir apresentar bom rendimento nos últimos anos, o artilheiro Ronaldo trata do futuro.

Há 13 anos o craque brasileiro foi convocado para a seleção brasileira tetracampeã do mundo, consagrando-se como penta e artilheiro da Copa de 2002, mas deixando marca indelével pelo drama vivido na final em que o Brasil foi goleado pela França.

Elogiado, admirado, controvertido, Ronaldo carrega nas costas o peso da fama desde que foi nomeado "O Fenômeno". Mais do que o peso da fama, ele começou a carregar o ônus da obesidade.

Como vivemos em um mundo no qual a gordura é atacada por todos os lados, sobraram críticas para Ronaldo Fenômeno, sobretudo após o seu desempenho na última Copa, mesmo tendo se consagrado o maior goleador em mundiais.

Obesidade é epidemia. Em nenhum lugar do mundo isto é mais evidente do que nos Estados Unidos, o país em que a riqueza se transforma rapidamente em gordura. Comer, para os americanos é uma obsessão. Emagrecer também. E com Ronaldo acontece a mesma coisa: a fortuna lhe trouxe a gordura. Agora, luta para perder peso e continuar na ribalta do futebol.

Pesadão, com pouca mobilidade e raros gols marcados ultimamente, Ronaldo ainda é uma marca forte e o Millan é o seu novo clube. Resta saber se ele conseguirá recuperar a forma física para voltar a fazer os gols que o consagraram.

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Efabulativo: Conta-se que ali pela década de quarenta, Gentil Cardoso, um crioulo gozador que de marinheiro virou técnico dos grandes clubes cariocas, era inteligente e sabia levar os jogadores numa boa.

Um de seus prazeres era jogar baralho com os atletas em dia de concentração. Valendo dinheiro. A roda era só de craques do carteado e da bola. Uma tarde, no melhor do pôquer, o massagista encosta no técnico e cochinha:

– Os homens estão chegando.

Eram os cartolas que chegavam. Como ele sabia que os dirigentes haviam proibido jogo de cartas na concentração, subitamente levantou da cadeira, arrancou as cartas das mãos dos jogadores e começou a berrar, teatral:

– Eu já avisei que não queria jogos de azar na concentração...!

Foi berrando e rasgando as cartas em impressionante demonstração de autoridade diante dos cartolas que ficaram pasmos com tamanha energia disciplinar.

O técnico conversou com os diretores sobre as dificuldades do jogo no dia seguinte, expôs o seu plano de ação e apresentou a escalação. Os cartolas ficaram satisfeitos, se despediram e arrancaram os seus carrões.

O técnico voltou à varanda da concentração e o vespeiro estava armado. Antes que pudesse dizer alguma coisa, o melhor jogador do time avisou:

– Que palhaçada, hein? E precisava rasgar os baralhos novos para impressionar os homens? Agora, vá lá na papelaria e compre dois baralhos novos com o seu dinheiro!

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