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Nem o excesso de jogos e competições, uma realidade internacional que se ampliou pelo interesse da televisão, está impedindo a evolução tática das equipes.

Até pelo contrário, acredito que os técnicos mais inspirados têm aperfeiçoado os estudos, imprimindo nova dinâmica ao velho e rude esporte bretão – exatamente para aproveitar a farta exposição na mídia.

Com novas concepções e, consequentemente, partidas mais interessantes, os treinadores ganham maior projeção diante do fantástico sistema de divulgação moderno.

Isso tem contribuído para a diminuição da violência em campo.

Basta observar os jogos dos melhores times europeus nos quais os grandes craques fazem tudo para não cavar falta ou tentar iludir a arbitragem.

Tristemente, ao contrário, no continente sul-americano os jogadores continuam praticando o antijogo e procurando ludibriar os apitadores.

Houve um tempo em que o jogador europeu era considerado viril, até por ter cintura dura, como se dizia, mas não era desleais. Desleal, embora mais técnico, era o sul-americano.

Os brasileiros se distinguiam pela técnica e se queixavam dos “gringos” nos confrontos pela Copa Libertadores. Pois agora, infelizmente, a maioria dos nossos jogadores incorporou o repertório dos adversários continentais: carrinhos por trás, entradas nos tornozelos e nas canelas, agarrões, cotoveladas e até a tática abjeta do rodízio de faltas para marcar o adversário, adotada abertamente por tantos técnicos ignorantes.

Hoje, a Copa Libertadores perdeu muito do seu antigo charme por causa do antijogo.

Como futebol virou espetáculo de televisão as competições europeias atraem cada vez maior legião de espectadores. No caminho inverso os torneios deste lado do Equador perdem aficionados exatamente pelas precárias condições técnicas da maioria das equipes.

Já passou da hora de começar uma campanha contra os treinadores e os jogadores que adotam o estilo de jogo rústico em detrimento da exploração da essência do verdadeiro futebol brasileiro.

Esse antijogo vem fazendo cair a qualidade dos jogos. Cair vertiginosamente em relação a duas, três décadas atrás.

O clássico

Com a dupla Atletiba decepcionando os seus torcedores e os principais times do interior cumprindo campanhas irregulares, o Paraná tenta tirar proveito da situação.

Há dez anos sem título, o Tricolor da Vila conseguiu o equilíbrio necessário para fazer frente aos rivais e manter-se na liderança.

Depois de vencer o Atlético com dificuldade, o Paraná visitará o Coritiba com espírito para arrancar um bom resultado. Vale conferir o comportamento do Coxa.

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