• Carregando...

Alguém, algum dia, ainda vai acabar escrevendo um livro sobre o futebol paranaense, segundo as leis de Murphy.

Aconteceu de tudo nos últimos anos por aqui e, o mais impressionante, é quem ninguém se mexe para melhorar as coisas e dar um basta neste estado de coisas. Nem autoridades e muito menos dirigentes de clubes se manifestam, como se tudo estivesse caminhando às mil maravilhas.

Segundo a sabedoria popular, depois da tempestade vem a bonança. O pessimista Murphy, cujas leis são famosas mas cruéis, corrigiria: depois da tempestade, vem a galhofa. Pois foi com espírito galhofeiro que um antigo esportista, daqueles torcedores que não perdiam jogos nos bons tempos em que assistíamos a todas as partidas e não apenas dos nossos times de coração, fez a seguinte sugestão: já que o campeonato estadual começou sob o signo da confusão, que se aproveite a desgraça das tempestades, que se anulem os jogos de resultados incômodos e que comece tudo de novo.

Bem, a proposta é apenas uma brincadeira, mesmo porque não existem mais datas para adiamentos ou composições de calendário. Está aí o Paraná, novamente, sendo forçado a jogar duas vezes no mesmo dia.

Retomemos a sabedoria popular. Afirma ela que há males que vêm para bem. Murphy replicaria, mas deixemos a sua réplica para mais adiante. O Pinheirão, que jamais deveria ter sido feito no projeto original, que acabou desfeito e ganhou um pior, deveria ser palco dos grandes espetáculos e transformou-se em local de jogos da Portuguesa Londrinense, em autêntico atentado contra a ética esportiva ao abrir mão do mando de seus jogos.

Do Pinheirão aos problemas do atual campeonato, passando por inúmeras mazelas administrativas, o futebol paranaense encontra-se adoentado. Mais um pouco e corre o risco de sucumbir por falência múltipla dos órgãos. Órgãos que necessitam de saneamento, de atendimento e, sobretudo, de uma injeção de competência.

Basta um pouco de imaginação, verdadeiro interesse pela causa pública e – insisto – um máximo de competência para reabilitar o combalido futebol paranaense. Daí sim, mister Murphy sorriria de minha esperança. Segundo ele, os males só vêm para o mal.

Dia de pouco, véspera de muito, outro anexim, ou dito sentencioso se preferirem, consagrado pelo uso e pelo abuso. Parece que Murphy, ao ouvi-lo pela primeira vez em relação a determinados acontecimentos no Brasil, riu tanto que se engasgou; engasgado, quase morreu. Depois de recuperar-se, Murphy, implacável, tratou de corrigir o erro de lógica: "Dia de pouco, véspera de nada".

Porém, como sou incorrigível otimista, acredito que depois de o torcedor ter passado por tantos sobressaltos e assistido a exibições explícitas de incompetência, particularmente de árbitros e bandeirinhas, ele merece, pelo menos, assistir bons espetáculos nos jogos de hoje.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]