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A agressão que a brasileira Paula Oliveira teria sofrido, em Zurique, soma-se a outras manifestações xenófobas ocorridas em países desenvolvidos.

Invariavelmente, atribui-se o repúdio racista ao semelhante por parte de grupos nazistas que pregam a limpeza étnica em pleno século 21. Mas o problema é mais profundo e alcança praticamente todos os países da Europa central.

Os estádios de futebol, em particular, serviram de palco para diversas demonstrações de ódio e preconceito.

A maior vítima de preconceitos hoje em dia não é o negro, não é o judeu, não é o gay, não é a loura burra e nem os políticos que não se dão ao respeito. Está se criando um tipo de hiperpreconceito contra tudo: os idosos, as crianças barulhentas, os guardinhas de trânsito que multam os infratores, o som alto nos carros dos motoristas idiotizados... enfim, daqui a pouco vai estar todo mundo brigando com todo mundo.

A sociedade está precisando passar por uma rigorosa reforma ética e moral, pois parece que ninguém mais tem educação e respeito pelo espaço do próximo.

Mas como esse movimento necessita, obrigatoriamente, partir dos governantes, torna-se praticamente impossível que isso aconteça. Simplesmente porque as autoridades são as primeiras a dar o mau exemplo, desrespeitando as regras, os preceitos e os ditames da moralidade pública.

Aí está o presidente Barack Obama, que nem bem assumiu o cargo e teve de defenestrar diversos auxiliares que cometeram pecadilhos não comunicados antes de serem escolhidos para o governo americano.

Obama sofreu o desgaste, como tem sofrido o presidente Lula ao bancar as diatribes do ministro Tarso Genro com esse absurdo asilo político ao terrorista italiano. Com isso, o ministro da Justiça apenas reforçou a imagem de que o Brasil é "a curva do rio", onde todo lixo encosta.

No futebol é absolutamente inaceitável o racismo praticado por inúmeras torcidas organizadas, muitas com identificações nazistas através de faixas, cartazes e estandartes – isso quando não se encontra a própria suástica gravada na cabeça do militante.

Menos mal que as autoridades esportivas e policiais tenham tomado providências para punir os agressores.

Como a grande maioria dos melhores atletas é da raça negra e, consequentemente, ganham projeção e fortuna merecidamente, graças ao talento individual de cada um, os preconceituosos tremem de ódio e não contêm a sua ira nas praças esportivas.

O estado terá de ser pronto e rigoroso no combate a este tipo de manifestação que, lamentavelmente, teria alcançado a Suíça. Logo a Suíça, o país mais politicamente correto pela neutralidade em todos os conflitos bélicos dos últimos séculos.

Cabe à imprensa cobrar uma ação urgente e eficaz dos governantes no combate irrestrito ao hiperpreconceito que começa a ganhar corpo em todas as escalas da sociedade mundial.

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