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O torcedor atleticano vai ficando desconcertado a cada nova declaração do técnico Givanildo que, pelo jeito, comanda o seu próprio destino dentro do clube.

A impressão geral é de que Givanildo deixou de contar com o apoio da torcida desde a derrota para o Santos, quando declarou que "eu vim na hora errada".

Moralmente, ali nos vestiários de Mogi Mirim, ele pediu para sair.

Como não foi atendido, continuou trabalhando e cumprindo o contrato até os dias de hoje, mesmo vivendo intenso processo de desgaste pessoal. A cada dia que passa todos acompanham novo capítulo do técnico colocado em holocausto, alimentado pelo silêncio dos dirigentes e pela intensa especulação da imprensa.

A diretoria do clube bem que podia abreviar o sacrifício público de Givanildo, que possui sólida imagem de correto profissional construída através dos tempos, exposto em autêntica pira.

Mas, aparentemente, a diretoria prefere esperar por melhores resultados mesmo que a equipe emita sinais de baixo rendimento técnico, mal condicionamento físico e evidente abalo emocional. Nem mesmo a fragilidade técnica do Santa Cruz, próximo adversário, devolve o otimismo ao torcedor atleticano.

Se a Arena fazia a diferença, não faz mais. Há quase três meses o Furacão não consegue ganhar uma partida jogando diante da sua apaixonada torcida que, com justa razão, se apresenta frustrada e contrariada com uma série de coisas que vem acontecendo no futebol do clube.

No último domingo, por exemplo, a torcida ficou aliviada com a lesão sofrida pelo meia Adriano, jogador do Atlético cedido ao Internacional, que vinha infernizando a defesa com seus piques e seu rico repertório de jogadas ofensivas. Mais adiante, a torcida ficou um pouco mais tranquila com a expulsão de Perdigão - injusta, diga-se de passagem -, outro jogador que vestiu a gloriosa camisa rubro-negra.

Desarticulando no conjunto e com diversos jogadores rendendo bem menos do que poderiam apresentar em condições normais, a situação do time atleticano é bastante preocupante em um campeonato extenso e que exige elenco com diversas alternativas.

Sem esquecer de que quatro clubes serão rebaixados em disputa sob o signo de péssimas arbitragens.

Seria conveniente que a diretoria iniciasse, desde logo, o planejamento de recuperação da equipe para aproveitar o mês de paralisação do campeonato durante a Copa do Mundo.

Muita coisa precisa ser feita para reabilitar o elenco no aspecto tático, no plano técnico individual, no entendimento coletivo, no preparo físico e na superação da crise de falta de confiança que tomou conta dos jogadores pela sucessão de maus resultados.

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