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Quanto mais muda, mais o futebol brasileiro fica no mesmo lugar. Basta correr os olhos pelo noticiário para observar a dança dos técnicos no campeonato em andamento, a excessiva ocorrência de más arbitragens, os gramados em péssimo estado, a venda das principais revelações para o exterior e a importação de veteranos que chegam como grifes sem a garantia de sucesso técnico.

O argentino Riquelme dispensou o Flamengo, por considerar o time muito fraco, e após nova derrota a culpa foi despejada nas costas de Joel Santana, que pode ser substituído por Dorival Júnior que não conseguiu realizar trabalho satisfatório no Internacional. O problema do Flamengo, todos sabem, é a falta de uma diretoria capaz e os profissionais não têm culpa se foram contratados de forma equivocada e não apresentam os resultados esperados. Para os dirigentes é mais cômodo demitir do que assumir as próprias responsabilidades.

Falcão, que pelo jeito não engrena como técnico, também dançou e o Bahia correu atrás de Caio Júnior, enquanto o Figueirense trocou o principiante Argel Fucks pelo rodado Hélio dos Anjos.

Quase todos os clubes cultivam os seus veteranos de estimação: Deco, do Fluminense; Juninho, do Vasco; Ronaldinho Gaúcho, do Galo; Seedorf, do Botafogo; Luís Fabiano, do São Paulo; Marcos Assunção, do Palmeiras; Zé Roberto, do Grêmio; Guiñazú, do Inter, e por aí vai. Alguns conseguem retribuir o carinho e a expectativa gerada pela fama com boas atuações, outros nem tanto.

Eles representam significativo aumento na venda de camisas e produtos ligados às marcas dos times, crescimento no interesse do torcedor que se associa ao clube e, sobretudo, chamam a atenção de patrocinadores que desejam ligar os seus nomes aos ídolos e as equipes em evidência na mídia.

Mas, tecnicamente, a maioria corresponde, tanto que os times orbitam em torno deles, com destaque a Ronaldinho Gaúcho que, recebendo em dia e motivado, tem jogado bem e ajudado o Galo a manter-se na liderança do Brasileiro.

Mas as maiores esperanças estão mesmo depositadas na geração olímpica que, mais uma vez, tentará conquistar a inédita medalha de ouro no futebol.

Tiago Silva, Marcelo, Oscar, Neymar e outros representam a base da seleção brasileira para a Copa de 2014, porém como que eles podem voltar glorificados de Londres também podem voltar chamuscados pelo fracasso. Não vai alterar muita coisa até porque as melhores opções são essas mesmas e, contrastando com o sucesso da seleção principal – pentacampeã mundial –, a seleção olímpica jamais chegou ao título.

Mas isso não vale para Mano Menezes, pois conta a história que as cabeças dos treinadores rolaram entre a derrota nas Olimpíadas e a Copa do Mundo. Ninguém mais do que Mano Menezes sabe da importância de o Brasil quebrar o tabu e trazer a medalha de ouro na bagagem.

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