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No início, a principal reclamação girava em torno do campo. Não existiam tantos gramados em boas condições e muitos campos eram de terra mesmo. Em dia de chuva virava um mingau.

Quando se encontrava um campo razoavelmente gramado, careca embaixo das traves, com algumas falhas e até mesmo com montinhos artilheiros, os jogadores ficavam aliviados.

Com o passar dos anos as coisas foram melhorando um pouco e o pessoal deu maior atenção ao piso, ao chamado campo de jogo. Claro que diversos gramados brasileiros ainda são lamentáveis, mas saibam que, por incrível que pareça, eles já foram piores.

Depois, veio a reclamação em torno das chuteiras.

Primeiro, elas eram de bico duro e os jogadores precisavam passar sebo para amaciá-las. Ali pela metade da década de 50 surgiram as primeiras chuteiras de bico mole, ou as famosas sapatilhas de Didi, o mestre da Folha-Seca. Enquanto a maioria jogava de bico duro e amarrava o cadarço por baixo, Didi jogava com uma chuteira de bico mole especialmente fabricada para ele e dava o nó no cadarço por cima, como todos fazem com os sapatos que calçam.

As chuteiras como, de resto, todo o arsenal de material esportivo, melhorou muito nos últimos anos. Foi-se o tempo das camisas de algodão, que ficavam pesadas em dias de chuva, ou dos goleiros com cotoveleiras e joelheiras, mas jogando sem luvas.

O último item a sofrer tremenda evolução foi a bola, que, fabricada com um material especial, ganhou proteção contra a chuva e a lama, facilitando a vida dos craques e dos cabeças-de-bagre.

Agora, entretanto, a bola está provocando polêmica entre os técnicos, os jogadores e, sobretudo, os goleiros. A bola que está sendo utilizada na Taça Libertadores da América, por exemplo, é muito leve e as reclamações são antigas.

Existem uns quatro modelos diferentes no futebol brasileiro, com pequenas variações de peso e tamanho, mas todos geram discussões acaloradas entre os profissionais que participam dos campeonatos estaduais.

Aqui, por exemplo, adotou-se o modelo da bola laranja, quando todos preferem a branca. Os gaúchos, mais exigentes, bateram os pés e exigiram a volta da bola branca.

A verdade é que com o objetivo de conquistar o mercado, os fabricantes tentam lançar novidades.

Mas não deixa de ser mais um motivo para despertar o torcedor que tenta acompanhar os modorrentos campeonatos estaduais.

Efabulativo

Esta me foi passada como história real, ouvida no portão dos vestiários de um grande clube, entre duas "Marias Chuteiras". Uma delas desabafou:

– Há três noites que vou ao cinema e é só sexo, sexo, sexo! Mas hoje eu vou sozinha. Quero ver o filme, que dizem que é muito bom...

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