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O que antes seria francamente intolerável hoje em dia se transformou em angustiosamente ­aceitável.

Sair à rua é um perigo; entre a violência do trânsito e da marginalidade feroz, recrudescida nos últimos anos pela gravíssima crise econômica que corrói o país, estamos condenados a aflição e medo constantes.

Permanecer dentro de casa oferece certa tranquilidade quebrada pelo noticiário com seu rol atualizado de sofisticados assaltos, engendrados não apenas por bandidos, mas, por incrível que pareça, por agentes públicos, políticos, dirigentes partidários, diretores e executivos de grandes empresas que prestam serviços ao Estado.

Assistindo ao noticiário político-policial da televisão ou lendo o jornal as situações denunciadas são tão incríveis que parecem surreais.

As situações formam pequenas fábulas do cotidiano no centro administrativo do país a ponto de despertarem sensações de mal-estar em quem assiste ou lê o boletim diário de escândalos.

Alguns sofrem perturbações físicas, como enxaqueca, por exemplo, ou mau humor repentino, ou tristeza súbita e tantos outros sintomas explicitando uma agressão moral recebida.

Para aumentar a tensão e, porque não, o orgulho nacional ferido, acompanha-se o desenrolar dos últimos preparativos para a Olimpíada no Rio de Janeiro.

Com obras inacabadas, outras com graves falhas estruturais, como a ciclovia Tim Maia, que desabou, a decepcionante limpeza da baía de Guanabara, prometida como a principal herança olímpica nas metas ambientais, a crise na segurança pública carioca chegou ao clímax.

O risco olímpico é grande e pode desgastar ainda mais a já puída imagem do Brasil.

Rodada

Como o Atlético só jogará na segunda-feira, Paulo Autuori ganhou mais tempo para recuperar o condicionamento físico do elenco e corrigir alguns posicionamentos que vem inibindo a decolagem da equipe no campeonato. Como o Cruzeiro tem jogado abaixo do esperado, é possível que o Furacão se dê bem no Mineirão.

O Coritiba receberá o Botafogo em condições de impor as condições do jogo. Ou pelo menos esta é a nossa expectativa e, principalmente, do torcedor que anda cansado de ver o time enroscar jogando em casa.

Há um bom tempo o Alto da Glória deixou de significar o fortim inexpugnável que assegurava a superioridade coxa-branca perante a maioria dos adversários. A isso se dá o nome de time com padrão técnico instável e, consequentemente, sem ­confiança.

Na Série B o Paraná desperdiçou a chance de saltar na classificação ao empatar sem gols com o Avaí, e o Londrina visitará o Paysandu que, anteontem, eliminou o Operário na Copa do Brasil.

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