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Se oficialmente faltam mil dias para a abertura da Copa do Mundo no Brasil, é preciso alertar as autoridades públicas e esportivas que, na realidade, o pontapé inicial será dado um ano antes com a realização da Copa das Confederações.

De qualquer forma, a maior preocupação é com o tempo que vai passando enquanto o pro­­curador-geral da República exige licitação para todas as obras públicas e, sobretudo, vigilante controle do Tri­­bu­­nal de Contas da União (TCU). Tudo por causa da corrupção política que assola, dramaticamente, o país em todos os planos: municipal, estadual e federal. A corrupção política, como se sabe, é corolário da corrupção moral que envolve a sociedade.

A corrupção, todavia, não se dá só no âmbito público, mas no privado também. Parece uma praga que não tem fim e ataca em todos os níveis.

Com esse panorama sombrio, o Brasil se prepara como anfitrião do maior empreendimento esportivo do planeta.

O presidente Lula, empírico emérito, apostou na recuperação econômica e lançou-se na conquista da Copa e dos Jogos Olímpicos.

Contando com o prestígio internacional e a influência política de João Havelange nos dois colégios eleitorais – Fifa e Comitê Olímpico Internacional –, Lula comemorou os triunfos e, ao passar a faixa presidencial a Dilma, entre tantas outras coisas, outorgou-lhe a responsabilidade de criar a infraestrutura nacional para a realização dos dois megaeventos.

As voltas com inúmeros problemas de toda ordem, a presidente Dilma está trocando de ministro tanto quanto o Atlé­­tico de treinador. Por falar em Atlético, até agora não se conhece, efetivamente, o novo projeto e a forma de captação de re­­cur­­sos para a conclusão da Are­­na da Baixada conforme as exigências do caderno de encargos da Fifa.

Também não sabemos quantos jogos serão realizados em Curitiba, sabidamente a capital mais bem capacitada em diversos aspectos, menos em aeroporto e segurança pública. O Afonso Pena e a segurança na cidade são caóticos.

Com 32 seleções na fase fi­­nal, desde a Copa de 1998, teremos 64 jogos distribuídos em 12 cidades-sede. Sendo assim, imagino que a nossa capital deva receber de quatro a cinco jogos – dois ou três na fase de grupos, um nas oitavas de final e, talvez, um nas quartas de final. Menos do que isso não vai valer o esforço.

Além das preocupações lo­­gísticas e estruturais, não se de­­ve perder de vista dois outros acontecimentos: o mau desempenho da seleção brasileira e a campanha para derrubar Ri­­cardo Teixeira. A arrogância in­­fan­­til e a pesporrência do presidente da CBF contribuem, decisivamente, para o incremento do movimento que já tomou conta das ruas e dos estádios.

Quanto à seleção, o técnico Mano Menezes está se perdendo ao tentar agradar a gregos, romanos e baianos. O meu re­­ceio é de que nem os aeroportos e nem a seleção fiquem prontos até 2014.

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