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Foi preciso voltar ao velho templo do futebol, onde em julho de 1950, 200 mil pessoas assistiram a final da Copa do Mundo e tiveram a sua mais desesperadora decepção, para a seleção brasileira redescobrir as suas origens.

Essa redescoberta foi forjada em aço e lágrimas, representada na epopéia mística do jogo da bola no aço da têmpera dos craques que construíram a glória da seleção brasileira através dos tempos e nas lágrimas dos torcedores que se emocionaram com a sua arte.

Negros, pardos, mestiços, brancos e mamelucos vestiram a camisa canarinho e, com essa tintura multi-racial, foi construída a glória do futebol brasileiro.

Ontem, no Maracanã lotado de negros, pardos, mestiços, brancos e mamelucos na arquibancada o Brasil se redescobriu e realizou o espetáculo por todos esperado. Goleou o Equador, com gols de todos os tipos e modelitos, como convém a um país que expressa no futebol o que tem de melhor.

O fundamental foi a reedição das grandes goleadas no Maracanã, sinalizando o futuro do futebol brasileiro até a suprema consagração da Copa do Mundo de 2014.

Anticorrupção

As transformações sofridas pelo futebol nas últimas duas décadas mudaram completamente o panorama desse esporte que um dia já foi romântico.

Não existe mais espaço para puristas ou amadores, os quais devem se restringir aos limites da arquibancada. Na direção dos clubes só há lugar para profissionais.

Mas, no caso do Brasil, as coisas continuam obscuras. Ou, pelo menos, ainda não se pratica o desejável profissionalismo às claras, pois se observa que algumas coisas continuam nebulosas e são feitas meio na base do lusco-fusco, sem a necessária transparência.

Não é feio ganhar dinheiro no futebol, seja como dirigente ou como agente de jogadores, desde que tudo seja feito dentro da legalidade e com o conhecimento público. O errado é a criação de empresas fantasmas ou a utilização de laranjas para a transação de jogadores, envolvendo milhões a cada nova temporada.

Agora, a Fifa anunciou que adotará novas regras na luta contra a lavagem de dinheiro em negociações envolvendo jogadores de futebol. Ela está preparando o estabelecimento de uma espécie de central de dados sobre transferências, para tentar monitorar todas as negociações, identificando o valor do negócio, a quem o dinheiro foi pago, de onde saiu e quanto irá para o bolso do atleta.

O Comitê Estratégico da Fifa reuniu-se, pela primeira vez, criando novas regras e mecanismos de controle que possam levar os clubes a declarar quem são seus proprietários, e de onde vem o dinheiro para os investimentos realizados.

O objetivo da entidade é que os novos procedimentos de controle acabem criando um pacote de leis inéditas sobre o licenciamento dos clubes de futebol no futuro.

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