Uma das atitudes mais engraçadas do meio esportivo é a que se vê quando alguém muito criticado obtém alguma vitória importante.
Logo se diz que o sujeito calou os críticos, mostrou sua capacidade, etc e tal.
Muitos técnicos de futebol se consideram acima de qualquer tipo de exame ou avaliação sobre o desempenho do time que dirige. Só caem na real quando recebem o bilhete azul.
Depois do verdadeiro espeto corrido de maus resultados nas últimas semanas, com destaque à perda do título estadual dentro da Arena da Baixada, culminando com a humilhante goleada de 6 a 2 na Bahia, o técnico Paulo Autuori deveria ter aproveitado o reabilitador triunfo do Atlético no Chile para exaltar os seus comandados pela bravura, empenho e competência na feitura dos gols. Oportunista, ele voltou a falar demais e criticou os profissionais que analisam o futebol há décadas, sempre procurando colaborar com o desenvolvimento das sofridas equipes paranaenses, historicamente com reduzido espaço na mídia nacional.
O simplismo do “professor” Autuori desconsiderou a sequência de más apresentações, com o inevitável desgaste público dos jogadores e da própria comissão técnica, e deixou de lado as mudanças concretas na escalação do time e na tática adotada para surpreender o Universidad Católica.
Com melhor desempenho coletivo, determinação e a conquista de uma vitória ao mesmo tempo dramática e merecida, em vez de críticas, ouviu-se e leu-se elogios. É assim que funciona a atuação dos comentaristas experientes, imparciais e sem nenhum interesse na política interna de qualquer clube ou entidade ligada ao esporte.
O dirigente dirige, o técnico prepara a equipe, o fisicultor condiciona os atletas, o médico trata dos lesionados, os jogadores jogam, o árbitro apita, o torcedor torce e o cronista relata os acontecimentos dentro de campo durante cada partida. Simples assim.
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Efabulativo: Em 1971 o Coritiba, campeão estadual, foi o nosso único representante no Campeonato Brasileiro. Havia grande euforia da torcida em torno dos ídolos Cláudio Marques, Nilo, Hidalgo, Leocádio, Krüger e, sobretudo, Paquito e Tião Abatiá a famosa “dupla caipira”.
Além de narrador esportivo e colunista de jornal, eu atuava como publicitário, atendendo a conta do Frischmann’s Magazine.
Como Maurício Frischmann, dono da rede de lojas, era coxa-branca, criei uma campanha sob o título Gol do Coxa, Milzão do Amigão.
A bola rolou e Tião Abatiá desandou a marcar gols com jogadas antologias para delírio dos torcedores. Lá pela sétima rodada, mesmo contente com a promoção e o sucesso do time, Maurício comentou comigo: “A publicidade está boa, mas ficou cara com esse ataque que o Coritiba formou...”.
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