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Com o coração apertado pelos últimos insucessos e pela ausência de ídolos no time, o torcedor atleticano teve um pouco de alegria graças às duas vitórias sobre o Paraná e à volta de Paulo Rink.

Com os triunfos sobre o Paraná, abriram-se as portas de uma nova aventura internacional e, com a volta do velho ídolo à Baixada, abriram-se as portas da memória, fazendo o torcedor viajar no tempo.

Naquele tempo do estádio acanhado, sem luxo, com muita união entre todos os rubro-negros e com uma equipe que começava a decolar para as suas maiores conquistas, representadas pelos diversos títulos estaduais, os títulos brasileiros das duas divisões e o honroso vice-campeonato da Taça Libertadores da América.

Mesmo com uma equipe irregular, que consegue alternar atuações convincentes como essas contra o Paraná e as duas últimas melancólicas apresentações pelo Campeonato Brasileiro, a torcida atleticana está feliz com a passagem para a próxima etapa da Copa Sul-Americana.

O adversário será o River Plate, que dispensa apresentações, já que se trata de um dos mais tradicionais clubes do futebol argentino.

O célebre River, de goleiros legendários como Soriano, Carrizzo e Fillol, da revelação do maior craque argentino de todos os tempos – Alfredo Di Stéfano – e da equipe que passou para a história como "La Maquina", cujo ataque contava com Muñoz, Moreno, Labruna, Pedernera y Lostau. Esse time da década de 1940 também era chamado de "Los caballeros de la angustia", porque jogavam muito bem, dominavam todas as partidas, mas nos cinco minutos finais paravam em campo e levavam o maior sufoco do time rival. Foi um time de toque genial que se perpetuou como "La Maquina".

Com tamanha promoção, espera-se que o Atlético saiba tirar proveito do confronto com o River, mas consiga manter a mesma personalidade da Copa Sul-Americana no Campeonato Brasileiro. Ou seja, que evite a repetição da incômoda dupla personalidade verificada quando de sua última participação na Taça Libertadores da América, quando chegou aos finais ao mesmo tempo em que lutava para fugir do rebaixamento no campeonato nacional.

Com personalidade única, indivisível e focado na importância das duas competições, sempre lembrando que o atual time só manterá o Furacão em boas condições se jogar no limite, na base da superação de suas restrições técnicas para alcançar os objetivos.

E esse autêntico mutirão futebolístico deve ser retomado, amanhã, no jogo contra o Santa Cruz, o mais fraco dos participantes da Primeira Divisão nesta temporada.

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