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Uma das coisas mais difíceis em qualquer tipo de análise é tentar descobrir as tendências do fu­­turo. Basta recordar a quebradeira geral de cara dos analistas econômicos que não conseguiram prever a grande crise econômica nos últimos meses.

No esporte não é diferente. Talvez em algumas modalidades esportivas seja mais fácil promover alguma futurologia, mas no futebol é quase impossível. Ainda mais em um campeonato equilibrado como o nosso atual nacional.

Com grande número de concorrentes ao título – pelo menos meia dúzia de equipes estão alimentando o sonho –, o dobro de candidatos às vagas da Liberta­­dores e o mesmo tanto de times que lutam contra o rebaixamento, o Campeonato Brasileiro começa a pegar fogo.

Na luta pelo o título, o Pal­­meiras é o líder, mas não o favorito. Do mesmo jeito o Internacional, vice-líder, mas que também ainda não conseguiu reunir méritos suficientes para merecer o favoritismo.

Parece que quem está mesmo ganhando a pigmentação de favorito é o São Paulo, apenas um ponto atrás dos primeiros e com um senhor retrospecto: tricampeão do país, o elenco mais equilibrado e com melhor reposição de peças. Entre os três principais candidatos aquele que persegue o título na­­cional há mais tempo é o time gaúcho, desde 1979, quando sa­­grou-se campeão invicto. Houve algumas tentativas do Inter, destacando-se a última, em 2005, quando foi vergonhosamente prejudicado pela arbitragem na partida decisiva com o Corinthians, o campeão do ano.

O Palmeiras foi bicampeão, nos tempos da parceria com a Par­malat, e o São Paulo tenta conquistar o sétimo título brasileiro.

Aparecem correndo por fora Atlético-MG, Goiás, Grêmio e Co­­rinthians com menores chances.

Maradona

Pelo jeito Maradona encontrou uma saída olímpica para deixar livre o caminho da seleção ar­­gen­­­tina: internou-se em clínica de emagrecimento na Itália e passou o bastão para Carlos Bi­­lardo.

O técnico campeão mundial de 1986, evidentemente com muito mais credenciais do que Ma­­­radona, iniciou o trabalho para tentar salvar a Argentina da humilhação da repescagem ou, ainda pior, ficar fora da próxima Copa do Mundo.

Mas há quem garanta que retornando sete quilos mais magro, Maradona estará mais inspirado e com maiores conhecimentos estratégicos para revolucionar a equipe argentina no jogo com o Peru.

A síntese disso tudo, que mais parece letra de tango, é o fim da desastrosa gestão do presidente da AFA – a CBF deles – Julio Gron­­­do­­na, há 30 anos no cargo.

Depois da quebradeira geral dos clubes de futebol, salvos pelo governo federal, que comprou os direitos de transmissão para a televisão por elevada importância, chegou a vez de a seleção do país mostrar a face da desorganização e, sobretudo, falta de interesse dos principais jogadores de vestir a camisa azul e branca.

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