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Planos e promessas se confundem no começo de cada ano. É um tal de prometer parar de fumar, parar de beber, se esforçar mais na escola ou trabalho, fazer regime para emagrecer e por aí vai. No futebol não é diferente: mais promessas do que planos.

Após uma temporada negativa para a dupla Atletiba – que não ganhou nada e frustrou as expectativas de suas torcidas – e altamente positiva para o Paraná, campeão estadual e com vaga na Taça Libertadores da América, todos aguardam as novidades para que se possa fazer uma avaliação das possibilidades técnicas de cada time.

Mesmo saindo de um ano perfeito, com destaque também ao retorno a Vila Capanema, fato que resgatou o amor próprio da torcida que lotou o remodelado estádio em todas as partidas, o Paraná tenta remontar a equipe.

Dentro de sua política de parceria com investidores no futebol, o Paraná acostumou-se a desmontar o elenco ao final de cada temporada. Tem funcionado, pelo acerto na contratação de técnicos e jogadores, e a maior curiosidade é descobrir se o sucesso se repetirá neste ano.

Bons jogadores deixaram o clube, juntamente com o técnico Caio Júnior que realizou trabalho eficiente e, por isso mesmo, foi contratado para dirigir o Palmeiras.

Ficaram os dirigentes paranistas com a responsabilidade da reorganização do elenco para que o novo treinador Zetti consiga, o quanto antes, dar padrão de jogo ao time.

O Coritiba continua juntando os cacos de mais um ano miserável de sofrimento para a torcida. Além do fracasso em campo, o clube foi abalado por uma crise política sem fim que atravessou o ano e promete lances desconcertantes nos próximos dias.

No futebol coxa-branca, tudo novo: dirigentes, técnico, auxiliares e diversos jogadores. Quando o Coxa pisar o gramado para o jogo de estréia vai cheirar a tinta, esperando-se que corresponda nas primeiras competições em que estará envolvido.

O Atlético continua enigmático, pois seus dirigentes não falam com a imprensa e parecem não se incomodar com o que pensam os torcedores. Notícias esparsas, campo fértil para especulações e pouca coisa mais.

O que existe de real é a necessidade de o time encontrar uma solução para o seu antigo e grave problema defensivo: sofreu 98 gols nos 65 jogos disputados no ano passado, com a elevada média de 1,50 gol por jogo. No Campeonato Brasileiro foi a quarta pior defesa, tendo sofrido 62 gols.

O ataque funcionou bem, porém a retaguarda entregou o ouro com relativa facilidade e prejudicou os sonhos atleticanos de conquistar algum título.

Sem muito tempo de preparação – o recomendável para uma pré-temporada completa são 30 dias – os times começarão a jogar em 10 dias e não se deve esperar grande coisa na largada do Campeonato Paranaense.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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