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O Brasil é mesmo o país das promessas. Algumas cumpridas apenas pela metade. Isso se aplica a todos os segmentos, principalmente no setor público. O futebol, como parte viva da sociedade, não poderia ser diferente.

No futebol as promessas acontecem no fim do ano e na política elas ocorrem durante as campanhas eleitorais. Como dizia Bismarck, o maior estadista alemão do século 19: "Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma pescaria". O clima desses momentos favorece a glorificação dos interlocutores, sejam atores em contenda eleitoral, países em conflito ou pescadores falando dos peixes fisgados.

No futebol os dirigentes aproveitam o final da temporada e exercitam o mais variado arsenal de projeções com o objetivo de aplacar a ira da torcida, em caso de fracasso absoluto; massagear o próprio ego, em caso de triunfo retumbante dos clubes que comandam; falar em planejamento pega super bem tanto para a mídia, ávida por novidades quanto para os torcedores, sempre prontos para viver renovadas ilusões; falar em projeto, então, é arrebatador, pois a sua abrangência não tem limites. E se o time ajudar um pouquinho em campo, então, é sucesso garantido até que as inevitáveis derrotas atrapalhem tudo. Daí dispensa-se o técnico, com a desculpa de que os maus resultados o desgastaram e o projeto começou a ser prejudicado. Assim caminha o futebol brasileiro, ou caminhava, afinal o grande mudo resolveu falar: os jogadores estão contra o calendário da CBF e criaram um grupo chamado Bom Senso F.C..

Estou reconfortado, afinal há décadas venho apontando falhas e criticando a péssima distribuição de jogos. Precisam mudar o conceito dos estaduais – que devem atender aos pequenos clubes sem jogos durante o ano inteiro e poupar os grandes que participam das competições nacionais e internacionais.

Só espero que as promessas feitas pelos jogadores não sejam em vão.

Rodada

O Paraná reaparece para defender a sua posição jogando com o frágil ASA, com todas as condições de somar mais três pontos fora de casa. Mas, para que o melhor cenário tricolor seja confirmado, a equipe terá de jogar com muito mais disposição do que na derrota para o Figueirense, em Florianópolis.

O Coritiba também terá de apresentar postura diferente, mesmo enfrentando o último colocado. Ocorre que o Náutico surpreendeu o Santos arrancando um empate na Vila Belmiro e o Coxa vive a ressaca das quedas do supervisor Felipe Ximenes e do técnico Marquinhos Santos, após o tremendo fracasso de terça-feira pela Copa Sul-Americana.

Domingo será a vez de o Atlético reencontrar sua calorosa torcida na Vila Capanema para tentar superar o Vitória e seguir na cola do Botafogo em busca da vice-liderança do campeonato.

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