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Não sei hoje, mas antigamente a prova dos nove era utilizada nas escolas para a criança fazer cálculos, mesmo sem compreender suas bases matemáticas. Lembrei do popular "noves fora" a propósito do que Adilson Batista poderá apresentar à torcida atleticana na noite de hoje. Contratado como o técnico ideal, no mesmo nível ou até alguns pontos acima dos desejados Falcão e Caio Júnior, Adilson Batista chegou com a responsabilidade e o desafio de dar um jeito no confuso time que se arrastou no Campeonato Paranaense.

Se os problemas do Furacão se restringissem apenas a um setor, como no ano passado, quando a peça ofensiva fracassou no mo­­mento em que se descortinou a possibilidade da conquista de uma vaga na Libertadores, o técnico teria maiores chances de acertar o time. Mas não é bem assim e, supostamente, a prova dos nove apresenta-se de forma um pouco mais complicada.

Supostamente porque dirigentes e treinadores – todos aqueles que passaram recentemente pelo clube – revelaram acreditar na capacidade técnica de Guerrón. Pois eu lhes digo, com toda serenidade, que na escalação do equatoriano reside o maior drama do ataque rubro-negro. Primeiro, o clube não conseguiu contratar um armador que lançasse Guerrón em profundidade para tentar explorar a sua principal característica, que é a velocidade. Sem isso, ele praticamente vem fazendo número em campo, ora pisando na bola, pelos seus parcos recursos individuais; ora cometendo falta nos marcadores rivais diante dos quais não consegue passar. De vez em quando Guer­­rón tem um lampejo e acerta um chute, marca um golzinho e segue a vida.

Façamos de conta que o Atlé­­tico acertou em cheio na zaga, inclusive apostando em Rômulo, que se saiu bem na estreia frente ao Bahia, e que David fechou como primeiro volante, recompondo o cinturão defensivo, para tratarmos apenas dos procedimentos ofensivos. Se conseguir esquecer Guerrón e apostar nos habilidosos Paulo Baier, Branquinho, Madson e Adailton, Adilson Batista estará dando importante passo para acertar a prova dos nove na partida com o Vasco da Gama, na Arena da Bai­­xada.

O jogo

Imperdível é o mínimo que posso dizer do encontro entre o atual recordista nacional de vitórias, o Coritiba, e o antigo detentor do raro feito, o Palmeiras. Esse será o jogo, ou aquele jogo que tem tudo para ficar durante muito tempo na memória do torcedor – e as jogadas gravadas na retina de quem for ao Alto da Glória. Aparentemente as equipes se equivalem, tanto na armação tática quanto nas potencialidades individuais. Porém, talvez por ter acompanhado mais de perto o Coritiba e não ter conseguido ficar fascinado com o futebol praticado pelo Palmeiras, consigo enxergar favoritismo do time coxa-branca na partida de amanhã.

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