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Sirvo-me dos personagens do estimado Tiago Recchia para tentar desvendar os motivos da grave crise técnica que se abate sobre os times do Atlético e do Paraná.

Paranito pergunta para o Atleticon: "Eu não possuo o melhor centro de treinamentos do país, tampouco uma arena que pode abrigar os seus 24 mil sócios pagantes e não recebo verbas maiores da televisão como integrante do Clube dos 13, por isso estou em má fase. Qual é a sua desculpa?"

Simplesmente não há desculpa razoável para o fracasso rubro-negro neste turno do campeonato.

Enquanto o Coritiba realizou quatro contratações – Jonas, Emerson, Eltinho e Davi – e melhorou o rendimento da equipe, o Atlético promoveu diversas alterações e piorou sensivelmente. Errou feio o depar­­tamento de futebol atleticano na escolha dos reforços, sempre em quantidade, com baixa qualidade.

A defesa, ponto alto no último Brasileiro, foi desmontada e a reposição de peças está muito distante de atender às necessidades do time.

Enquanto o Coxa possui uma coleção de eficientes volantes – Leandro Donizete, Léo Gago, Marcos Paulo e William –, o Furacão continua improvisando e fazendo experiências com jogadores fracos no setor.

As comparações são inevitáveis, perante a enorme superioridade do Coritiba, campeão invicto por antecipação.

Do Paraná não se pode exigir muita coisa diante das suas conhecidas limitações financeiras que atrapalham a rápida recuperação do time.

Ricardo Pinto não fará milagres e certamente enfrentará as mesmas dificuldades de Ro­­berto Cavalo.

O mesmo se aplica a Geninho que, por mais experiência que possua na profissão e conhecimento das idiossincrasias do CT do Caju, também não conseguirá operar prodígios com esse elenco de baixo nível técnico.

Implosão

Agitam-se os subterrâneos do futebol brasileiro com a ameaçadora implosão do Clube dos 13.

Com a CBF agindo por trás dos bastidores, com o objetivo de recuperar o poder perdido na última eleição do Clube dos 13, através da conquista do apoio dos grandes clubes, até o Campeonato Brasileiro passa a correr risco.

Ao reconhecer o título do Flamengo como campeão de 1987, a CBF reatou amistosas relações com o clube de maior torcida do país, somando-se a sua notória proximidade política com o Corinthians, o segundo em exposição na mídia. Com isso, a CBF entra de novo no tabuleiro das discussões em torno da renovação do contrato da exibição dos jogos com as redes nacionais de televisão.

Sem Flamengo, Corinthians e mais alguns que ameaçam deixar o grupo para faturar somas mais elevadas, o Clube dos 13 ficará enfraquecido e, consequentemente, com menor massa de manobra para as negociações.

É muito dinheiro em jogo.

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