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O gramado não apresentava condições para a realização do jogo, diante da chuva intensa. Porém, o árbitro mandou jogar e a Ponte Preta fez 1 a 0, tratando de segurar o resultado de todas as formas.

O Coritiba correu, lutou e procurou chegar ao empate desde que sofreu o gol, mas só no final conseguiu alcançar o objetivo. E foi em grande estilo. No gol de empate, a raça do zagueiro Henrique, que se meteu entre os adversários e foi chutando o balde; no gol da vitória, o oportunismo de Keirrison.

A Ponte Preta lamentou a derrota no fim depois de ficar na frente durante a maior parte do jogo. Mas foi castigada pela ausência de ambição e, sobretudo, pela falta de objetividade. O Coxa comemorou um dos resultados mais difíceis conquistados neste campeonato com os jogadores abraçando-se e agradecendo o apoio da torcida.

Diferenças

Com o Paraná novamente entre os melhores classificados e o Atlético rondando a zona do rebaixamento, tornam-se inevitáveis as comparações. Mais do que comparações, a constatação de que eles repetem, rigorosamente, o que aconteceu no ano passado.

Marcantes são as diferenças entre os clubes, já que o Atlético embarca maiores vantagens sobre o Paraná, a começar pela verba que recebe da televisão. Com melhor estádio e grande torcida, sempre foi natural a maior presença de bons públicos nos jogos da Arena da Baixada. Diante da ridícula campanha desta temporada, a desolação tomou conta e resultou no afastamento do torcedor rubro-negro.

Trabalhando com poucos recursos financeiros, tendo de recorrer a parceria com um grupo de investidores e apelando para levar mais gente aos jogos na Vila Capanema, o Paraná luta pelo título ou, pelo menos, uma vaga na Taça Libertadores da América.

Mas se as decisões parecem simples e muito mais objetivas no Paraná, elas se apresentam sigilosas e tortuosas no Atlético. Enquanto na Vila Capanema tudo é feito às claras, sob os olhares da torcida e da imprensa, no CT do Caju as coisas são decididas intramuros e o contato é feito somente através do site do clube ou daquelas arrastadas e repetitivas entrevistas coletivas.

Modestamente o Tricolor vai levando a sua vida, acertando na contratação de jogadores, trocando os técnicos que saem fazendo juras de amor eterno ao clube e abrindo espaço para profissionais da nova geração. Gílson Kleina é a nova aposta e o teste desta noite será importante, pois o Internacional vem de derrota e promete virar bicho no Beira-Rio.

Num campeonato de nível técnico baixíssimo, o Furacão consegue patinar e manter-se entre os piores. É o resultado da política de contratar jogadores em quantidade na busca de bons negócios, em vez de contratar jogadores de qualidade técnica na busca do fortalecimento da equipe para a conquista de títulos.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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