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Na esteira das passeatas reivindicatórias do ano passado, algumas manifestações foram bem-sucedidas. Ficou gravada a insatisfação popular com a aplicação de recursos públicos nas novas arenas para a Copa, mas, como tudo na vida, isso também passou e agora as autoridades tratam de procurar alternativas para que algumas delas não se transformem em elefantes brancos.

Dentre os movimentos que obtiveram resultado firmou-se o Bom Senso FC como forma de a classe dos jogadores reagir contra o calendário incoerente e os inconfessáveis interesses políticos da CBF. Ou seja, a fim de não contrariar as federações – entidades que se tornaram anacrônicas diante da evolução do futebol profissional e que deveriam servir exclusivamente as ligas amadoras, das quais recebem a maioria dos votos para existir –, a CBF insiste com a realização do deficitário e desinteressante campeonato estadual, que se mudasse o formato poderia ser atraente para os clubes do interior.

Porém, por causa dos estaduais, o calendário para 2015 não agradou aos atletas que rogavam por uma pré-temporada mais extensa ou, pelo menos, próxima do que os especialistas recomendam como tempo mínimo de preparação: 40 dias. Caso contrário, os atletas arriscam-se a sofrer contusões mais graves ao longo de toda a temporada com diversas competições paralelas.

O esporte mimetiza a vida. A última década de progresso econômico com relativa redistribuição de renda entre os que vivem dos rendimentos do trabalho foi acompanhada, segundo dados do Ministério da Previdência Social, pela duplicação do número de acidentes de trabalho. Pois o problema chegou ao futebol após anos de críticas veladas à maratona de jogos e ao tempo exíguo de preparação, os profissionais da bola iniciaram aquilo que se poderia chamar de a "Rebelião pé de obra", unindo-se contra as condições de trabalho impostas pela cartolagem.

De alguma forma o movimento dos jogadores começou a apresentar resultados tanto que os dirigentes os procuraram durante a semana, em São Paulo, e chegaram a um acordo para apresentarem em conjunto mudanças no texto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte.

Atletiba

Enquanto o Atlético joga para aproximar-se do grupo da Libertadores, o Coritiba tenta livrar-se da incomoda última colocação. Dramática a situação do Coxa que precisa vencer o Flamengo até por uma questão de honra: ganhar em casa perante a torcida e passar a lanterninha para o adversário. Para isso, terá de mostrar bom futebol. O Furacão, que só será cobrado prá valer no retorno da torcida a Arena da Baixada, sabe que necessita recuperar a confiança da zaga e melhorar o rendimento da meia-cancha para tirar proveito da excelência do ataque, mas o Sport é osso duro no Recife.

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