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O torcedor precisa se acostumar com o novo estilo da seleção, tanto dentro quanto fora de campo. Dentro, desapareceu a magia e o encantamento do time pelas ausências de craques consagrados como Kaká e os Ronaldos, entrando a vontade de acertar dos novos candidatos ao estrelato; fora, desapareceu a apatia de Parreira, entrando a vibração de Dunga.

Se a seleção não chegou a empolgar em sua primeira partida sob o comando de Dunga, pelo menos se apresentou de forma digna. Foi diferente daquilo que se viu em diversos momentos durante a Copa do Mundo, com alguns jogadores fora de forma, outros gordos, sem vibração e com um técnico que se deixou levar pela antigüidade que virou posto dos medalhões que dominaram o ambiente da equipe.

Dunga começou a pasteurizar a seleção com a convocação de novos valores e prestigiou aqueles poucos que não decepcionaram no Mundial. No amistoso de ontem deu para sentir o maior desejo de vencer e o sentimento de responsabilidade ao defender a gloriosa camisa verde-amarela.

Pena que a Noruega seja um adversário muito ríspido nas disputas de bola o que inibiu os brasileiros e, de certa forma, diminuiu a qualidade técnica do espetáculo.

Jurídico com o time

A torcida atleticana anda preocupada com a possibilidade, mesmo restando um turno inteiro para o time tentar a recuperação, de ver a equipe rebaixada.

Tudo porque faltou planejamento para a constituição da comissão técnica e, sobretudo, para a formação do elenco, que deveria ter sido preparado para realizar os sonhos de conquista dessa fiel e grande torcida.

Da infeliz experiência com Matthäus ao interminável caso Dagoberto, as coisas não se acertam na Baixada. E a diretoria insiste em não contratar reforços que signifiquem, efetivamente, reforços, mesmo com o lucro financeiro indicado no último balanço do clube.

Até agora as aquisições foram infrutíferas ou desanimadoras, como essa do goleiro argentino de 40 anos que nem estreou e todos temem que isso venha acontecer.

Mas tem outra coisa que deixa a galera intrigada: o intenso trabalho desenvolvido pelo departamento jurídico do clube nos últimos meses.

Além dos casos mais famosos, como de Denis Marques, Aloísio e Dagoberto, o quase desconhecido Cléo foi suspenso pela Fifa e a jovem promessa Sammir teve o contrato encerrado e recusa-se a renová-lo.

Nessa batida, o Atlético, em vez de clube vencedor, ainda acaba se transformando num departamento jurídico que tenta manter time de futebol profissional.

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