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Entramos na última semana de atividade futebolística com o encerramento da temporada, mas, como atravessamos uma época de transformações, recomenda-se prestar atenção no movimento Bom Senso FC, que acena até mesmo com a possibilidade de greve dos jogadores.

A constatação é de que vivemos um período de revisão geral, tanto nos conceitos quanto no gerenciamento dos clubes, elevando o tom das conversas com a participação direta dos jogadores que, pela primeira vez na história, apresentam mobilização séria e responsável para tomar parte da discussão em torno da maneira como se pratica e se administra a grande paixão popular do país envolvendo múltiplos interesses em um negócio que gira milhões de reais.

Atletas esclarecidos, bem articulados e com liderança na classe, tomaram a frente do movimento e começam a pisar nos calos dos dirigentes que jamais admitiram interferências no seu hermético e rentável universo. Nem a renúncia, seguida de fuga do ex-presidente da CBF foram suficientes para baixar a crista dos cartolas.

Mas as mudanças também aconteceram dentro de campo com a derrubada de um dos dogmas mais antigos: o de que as maiores receitas, invariavelmente, levam a formação dos melhores times e, consequentemente, às melhores colocações nos torneios.

O campeão Cruzeiro foi apenas o 13.º em faturamento no ano passado, segundo estudo feito pela BDO, empresa de consultoria e auditoria que atua na área esportiva e se baseia nos balanços dos clubes da Série A. O Atlético, vice-líder do campeonato e vice-campeão da Copa do Brasil, aparece em 7.º lugar entre as maiores receitas, atrás de Corinthians, São Paulo, Internacional, Palmeiras, Flamengo e Santos.

Técnicos com salários menores como Marcelo Oliveira, Vagner Mancini, Enderson Moreira, Jayme de Almeida e Gílson Kleina alcançaram melhores resultados do que os badalados que ganham fortunas.

Éderson, do Atlético; Hernane, do Flamengo; Walter, do Goiás; Dinei, do Vitória; Gilberto, da Portuguesa e William, da Ponte Preta, são os principais artilheiros do campeonato, enquanto Alexandre Pato, por exemplo, é um fiasco de R$ 40 milhões. Certamente as lições foram importantes e muita coisa deve mudar nos investimentos e, sobretudo, no formato da gestão do futebol nos grandes clubes.

Atletiba

O Coritiba precisa desesperadamente da vitória sobre o Botafogo para tentar evitar a terceira queda em oito anos e o Atlético pode sacramentar a vaga na Libertadores se conseguir vencer o Santos. Ambos precisam apresentar melhor futebol, pois as últimas atuações do Coxa foram muito abaixo do que se esperava desse elenco e a decepcionante apresentação do Furacão na final do Maracanã deixaram a torcida frustrada com a derrota e apreensiva com o jogo desta noite.

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