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Que o futebol brasileiro atravessa momento técnico inferior parece indiscutível. Nem mesmo os maiores clubes, aqueles que revelam mais jogadores, investem em contratações e, consequentemente, conquistam títulos, estão conseguindo manter padrão técnico conforme as suas tradições.

Basta correr os olhos pelos jogos dos campeonatos estaduais em andamento para verificar que não fosse a rivalidade salvadora entre as torcidas e todos estariam devidamente esvaziados e sepultados.

Com o Campeonato Paranaense não é diferente, mesmo porque, lamentavelmente, os nossos principais times se descuidaram, gastaram muito, de forma errada e não conseguem apresentar atuações compatíveis com a expectativa dos torcedores.

Do Paraná nem se cobra tanto diante de sua fragilidade administrativa no futebol. Da dupla Atletiba, porém, sempre se espera mais, afinal ela é composta por clubes com apreciáveis quadros sociais, grande apelo popular e, em última análise, calendário completo durante o ano.

Mas, em termos técnicos, tanto Coritiba quanto Atlético estão devendo melhores apresentações e, sobretudo, maiores perspectivas para o futuro próximo. No Estadual em disputa alguém será aclamado campeão e receberá as homenagens de praxe. Mas, e depois, como será nas competições nacionais e internacionais?

Bem, deixa isso para lá, afinal a dupla Atletiba está às voltas com o J. Malucelli, a maior sensação da temporada.

Além do trabalho desenvolvido pelos primos – Joel e Juarez – o J. Malucelli tem nos brindado com eficiente operação estratégica do técnico Leandro Niehues e, pelo que apurei, também pela presença na concentração, na véspera dos jogos, de um experiente bruxo no trabalho de motivação dos jogadores. Tudo somado e aí está o Malita, como diz Tiago Recchia, pronto para colocar gasolina em cima da fogueira do campeonato.

Para isso, basta vencer o Coritiba, amanhã, no Alto da Glória.

O Coxa, por sua vez, está sendo conduzido pelas mãos de Ivo Wortmann que, mesmo com altos e baixos, aposta na conquista do título.

Agora correndo atrás, o Atlético tenta juntar os cacos depois do passeio que levou do J. Malucelli, dentro da Arena da Baixada, sobrevivendo na disputa.

Geninho deve ter utilizado mais de trinta jogadores neste campeonato e ainda não conseguiu definir o time e muito menos oferecer-lhe padrão de jogo.

O Furacão continua se valendo mais da garra e da tentativa desesperada dos jogadores em acertar do que pelo modelo tático adotado. Mais parece um grupo de gladiadores correndo atrás da bola na tentativa de criar jogadas para aquilo que se convencionou chamar de entrosamento coletivo.

Por estranho que pareça, apenas o armador Julio dos Santos tem conseguido mostrar habilidades pessoais com a bola nos pés. E o eficiente Lima, que segue reserva de uma equipe com comovente carência técnica.

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