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Por mais que se queira desviar o assunto para a perda de vigor físico dos alas Cafu e Roberto Carlos, para a discreta participação de Adriano na partida de estréia ou as exuberantes atuações de Lúcio, Juan, Emerson, Kaká e Zé Roberto, o assunto de ontem foi um só: Ronaldo Fenômeno.

Nem mesmo a atuação de Ronaldinho Gaúcho, excessivamente marcado, mas pelo menos com mobilidade e procurando a bola mereceu comentários mais calorosos.

Para começo de conversa Ronaldo é o centro das atenções exatamente pelo peso do apelido que carrega há alguns anos: Fenômeno. E, como se sabe, ninguém é fenômeno impunemente.

Acontece que ele ganhou a marca de Fenômeno quando trocou o futebol espanhol pelo futebol italiano e os alegóricos jornalistas esportivos de Milão e adjacências contíguas trataram de endeusá-lo.

Ele era bem jovem, estava no auge da forma física e técnica, já carregava no peito a faixa de campeão mundial pela seleção e não demorou muito para ser eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa.

O tempo passou, Ronaldo disputou mais duas Copas – perdeu uma e ganhou outra, na qual se consagrou artilheiro – e continuou sendo uma das principais personalidades do futebol mundial. A vida particular, entretanto, atrapalhou um pouco a sua imagem, sobretudo aquela desajeitada festa de casamento em um castelo francês que foi o supra-sumo da cafonice.

Mas como o negócio dele é jogar futebol e o nosso é analisar o que se passa no futebol, pouco importa a vida privada do craque. Porém, desde a Copa de 2002, Ronaldo não conseguiu mais mostrar o mesmo vigor físico e muito menos a plástica de jogo que o consagrou. Pesadão, lento e marcando poucos gols, chegou a receber vaias da torcida do Real Madrid, a certa altura queixou-se do tratamento que vinha recebendo do público do estádio Santiago Bernabeu e ficou de fora da última conquista da seleção brasileira, a Copa das Confederações, em recuperação de uma das tantas lesões que sofreu ultimamente.

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