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A dupla Atletiba, pela história, maiores fontes de receitas e torcidas não tem desculpas para fracassar no estadual. Há dois anos sem o título, o Coritiba precisa mostrar serviço diante de adversários que se superam com comovente dignidade. Há sete anos sem a taça, o Atlético tem obrigação de apresentar equipe mais qualificada. O papelão da temporada passada magoou o torcedor que tem se esforçado para manter a confiança no time. Há dez anos sem ser campeão, o Paraná tenta se reencontrar.

Decepção

O Toledo começou com tudo e, por pouco, não abriu a contagem nos primeiros momentos, graças às intervenções do arqueiro Wilson. O Coritiba aceitou a pressão do adversário e sofreu o primeiro gol em belíssima bicicleta aplicada por Rafael Bastos.

Murilo ampliou em cobrança de falta, aproveitando que a barreira coxa-branca abriu o espaço para a bola passar.

Observando o Coxa fiquei com a nítida impressão de um time regresso, recorrente, repetindo antigas deficiências dos tempos de Marquinhos e Ney Franco, com a honrosa exceção de Pachequinho na fuga do rebaixamento, graças ao fato de Santos e Palmeiras terem escalado os seus reservas.

No desespero e despido de qualquer organização, o time de Gílson Kleina alcançou o empate, que já seria desgastante. Mas teve mais. Um pênalti e o gol da vitória do “Porco Selvagem”.

Tropeço

Cristóvão teve o bom senso de manter a base do que ele entende como formação ideal. Se tivesse poupado alguns titulares, provavelmente o Atlético teria sido derrotado pelo J. Malucelli. Mesmo assim, o time titular levou sufoco no segundo tempo e escapou por pouco.

O argumento do cansaço, pelo esforço despendido em Paranaguá, foi uma justificativa amarrotada, afinal não há termos de comparação entre os elencos e seus respectivos custos.

Parabéns ao Jotinha, bem arrumadinho por Ary Marques, que soube tirar proveito da fragilidade da dupla de área atleticana – está demorando para Cristóvão enxergar a lentidão de Vilches e o peso que acarreta ao seguro, porém veterano, Paulo André. Weverton trabalhou bastante. De novo.

Mas o maior drama continua na pouca criatividade da meia-cancha.

Como Sidcley jogou mal, o setor inexistiu. Marcos Guilherme segue abaixo do razoável e Vinícius se esforça para dar ao ataque um mínimo de inteligência – mas não confundir mínimo com muita coisa. Demorou para Anderson Lopes entrar e a torcida atleticana começa a fazer a pergunta que não quer calar: quando voltam Nikão e Walter?

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