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Fazia tempo que o futebol não apresentava uma semana de gala. Esperava-se mais de Barcelona e Inter, jogo prejudicado pela impressionante retranca armada pelos italianos, e de Flamengo e Corinthians, prejudicados pelo temporal.

Mas Galo e Santos deram espetáculo de primeira e Fluminense e Grêmio fizeram boa partida.

Decepcionante foi o triunfo do Palmeiras sobre o Atlético Goianiense graças a um pênalti cavadinho no último minuto, completando-se com a grosseria de Diego Souza, que não jogou nada, na saída do gramado.

O ferrolho armado por José Mourinho apenas confirmou a tradição italiana de defender-se com maestria, se bem que o time da Inter tem de tudo menos sangue italiano. Trata-se de uma legião estrangeira sem nenhum jogador nativo, o que realça a falta de talentos no atual futebol italiano.

O Barcelona usou estratégia equivocada para furar o bloqueio: passes longos, excessiva circulação da bola sem penetração na área e o maldito chuveirinho, que só serve para consagrar goleiros e zagueiros. Essa deficiência foi depositada na conta do técnico Guardiola, dos armadores e, sobretudo, de Messi, que tentou raras incursões individuais. O verdadeiro craque desequilibra nos momentos decisivos.

O Flamengo ganhou na garra um jogo no qual Ronaldo atolou o corpanzil no lodo em que se transformou o gramado do Maracanã. Aliás, acabou a lua de mel da torcida corintiana com o Fenômeno e virão cobranças, quarta-feira, no jogo de volta, no Pacaembu.

Ronaldo será escalado pelo peso comercial que representa, já que foi ele que arrastou a maior parte dos patrocinadores ao Corinthians.

O Galo mostrou que amadureceu, tática e tecnicamente com Luxemburgo, mas o Santos continua favorito na chave graças ao toque de bola de Ganso e o poder de fogo do ataque.

A meu ver, o adversário mais forte que o Santos enfrentará na Copa do Brasil é o Grêmio, que se recompôs com contratações cirúrgicas e a recuperação de jogadores importantes, como Jonas, por exemplo.

Borges – que o São Paulo ja­­mais deveria ter soltado – está jogando muito no provável futuro campeão gaúcho.

EFABULATIVO: No auge do futebol em Ponta Grossa era grande a rivalidade entre Operário e Gua­­rani. O famoso clássico Ope-Gua levava multidões à Vila Ofici­­nas e à Vila Estrela.

Havia um dirigente do Ope­­rário, riquíssimo, mas muito sovina, que só soltava dinheiro para dar o "bicho molhado" no vestiário após os gols de Duílio, Mi­­guel, Zeca, Gabriel, Alex, Leocádio, Silvio, Otavinho e outros.

Com o falecimento da mãe do conhecido dirigente, muitos esportistas foram ao velório na capela do cemitério São José. Entre eles o presidente do Guarani, deputado Petrônio Fernal, que ao chegar perguntou ao rival operariano. "Meus pêsames. O que tinha a sua mãe?". Veio a resposta: "Quase nada, deputado, só um terreninho em Uvaranas e uma casa na Vicente Machado..."

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