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Mesmo aos trancos e barrancos o futebol brasileiro vai superando algumas deficiências e tomando o rumo do senso comum. Ou do bom senso, se preferirem, pois a experiência da troca indiscriminada de técnicos ao longo de uma mesma temporada mostra-se desastrosa.

O grande exemplo de o dirigente acreditar na simples mudança de comando para solucionar os problemas da equipe foi dado pelo Atlético no ano passado, ao bater o recorde de seis treinadores, resultando no mais absoluto fracasso e encerrando o ano com o rebaixamento no Brasileiro.

A máxima de que é mais aconselhável trocar um técnico do que onze jogadores está superada. E superada não só pela experiência adquirida, através de décadas de observação e análise, mas, também, por estudos conforme anunciaram os professores da Universidade de Muenster, na Alemanha.

Depois de muitos levantamentos foi apresentado um documento informando que a mudança do comando da equipe não surte efeito dentro de campo em curto espaço de tempo. Todo profissional necessita, no mínimo, de dez jogos para conhecer bem o elenco, promover mudanças substanciais que se revelem positivas para o rendimento do time.

Felizmente aos poucos está mudando a cultura esportiva arcaica do futebol brasileiro, mas alguns dirigentes preservam o amadorismo mental resistindo à evolução e, sobretudo, ao aprendizado e conhecimento dos modernos métodos de treinamento.

As trocas emocionais de treinador têm o objetivo de mostrar serviço para a torcida ou criar fato novo na mídia para tentar mexer com os brios dos jogadores.

Está provado que a influência dos profissionais de comando no desempenho dos times é limitada, atingindo, no máximo, 20% diante de outros fatores, como contratar ou revelar jogadores de bom nível técnico, manter os salários em dia, aspectos psicológicos e motivacionais, condicionamento físico e técnico individual e ambiente saudável no centro de treinamentos, que são mais difíceis de mensurar através de estudos.

O clube que reunir jogadores competitivos, desenvolver trabalho sério e criar o espírito de corpo no elenco tem maiores chances de vencer, cabendo ao técnico a liderança diária e a definição da estratégia em cada partida.

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