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A seleção brasileira venceu os dois jogos que disputou, não sofreu nenhum gol, classificou-se antecipadamente para a próxima fase, mas ainda não conseguiu explodir como todos esperavam.

Entenda-se como explodir a apresentação do velho e bom futebol de toques rápidos de primeira, dribles desconcertantes, tabelinhas e gols, muitos gols, gols em profusão. Essa é a marca dos canarinhos e foi com ela que o país conquistou a simpatia internacional e uma grande torcida mundial.

Além de agradar ao publico, o espetáculo revela a verdadeira consistência da equipe na projeção do que ela poderá colher na seqüência do torneiro. Ou seja, se conseguir desabrochar na partida de hoje, diante do frágil time japonês, vencendo, convencendo e fazendo placar, se possível com gol de Ronaldo para melhorar a sua auto-estima, o Brasil estará indicando que continua sendo o maior favorito a conquista do título. Do contrário, muita gente – e com razão – vai continuar colocando em dúvida a capacidade de o nosso time chegar as finais da Copa.

Algumas coisas inconvenientes estão acontecendo, tais como a overdose da cobertura da mídia televisiva - até treino físico esta merecendo transmissão direta - e a chegada muito cedo da seleção para os preparativos na Suíça foi desgastando a convivência dos jogadores com a imprensa. Os jogadores por se sentirem imunes a críticas diante do sucesso de cada um nos últimos tempos e a imprensa por exagerar na dose tanto do elogio fácil quanto da crítica mordaz.

Mas alguns jogadores, como Cafu e Ronaldo, por exemplo, estão confundindo os seus interesses pessoais com a proposta de ganhar o hexa. Mesmo mal, física e tecnicamente – ambos voltam de lesões graves –, eles não querem sair do time para bater recordes em jogos da seleção na Copa do Mundo. A palavra esta com Parreira que, a partir de hoje, vai nos mostrar se manda mesmo ou faz parte de um colegiado com os remanescentes da campanha do pentacampeonato.

Em meio a tantas notícias e comentários, quem parece um tanto isolado é o, antes da Copa, badaladíssimo Ronaldinho Gaúcho.

Sem brilho nas primeiras apresentações o atual melhor jo-gador do mundo é, a meu ver, a maior vítima do fracasso do quadrado mágico com dois avantes. Em vez de jogar com alegria e ofensividade de atacante como faz no Barcelona, ele tem sido contido, recuado e tentando cumprir as tarefas de mero meia-armador, fugindo completamente de suas características.

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